A Secretaria do Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade (SEDES) realizou na quinta-feira (06) um encontro online através da plataforma zoom, em parceria com o Conselho Municipal da Igualdade e da Promoção Racial (COMPIR) e o Conselho Municipal de Cultura (CMC), para debater e apresentar aos Povos de Terreiros, artistas LGBTQIA+, capoeiras e manifestações culturais de matriz africana de Juazeiro sobre a Lei de Incentivo a Cultura Aldir Blanc, aprovada pelo Congresso Nacional para atender a diversos públicos nesta pandemia do novo coronavírus.
A reunião contou com a participação de representantes da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esporte (Seculte), que será a gestora do recurso e também da Secretaria de Cultura da Bahia, que falou da necessidade dos povos de terreiro buscarem produzir projetos para captar este recurso emergencial.
“Acredito que foi muito importante o município ter esta preocupação de reunir este público, para entender que esta lei vem para democratizar ainda mais a cultura. A participação do Estado é importante para referendar o que o município tem realizado”, declarou André Reis, da Secult do Estado.
Para Luana Rodrigues, diretora de Diversidade da SEDES, a Lei Aldir Blanc é um instrumento para que os artistas e fazedores da Cultura tenham acesso ao auxílio emergencial neste período de pandemia. “Nestes tempos de isolamento que a pandemia exige, os terreiros e as capoeiras precisam ser compreendidos como fazedores de cultura, que preservam a cultura negra no país. Estamos fazendo esta mobilização para que esta população acesse ao recurso e garanta a sua sobrevivência, além de produzir ações culturais. Além disso, temos os artistas LGBTs, que precisam ser abraçados, além das manifestações populares. Então, este momento é pensado para promover a inclusão destes grupos sociais. Acredito que atingimos o nosso objetivo”, declarou.
Carlos Júnior, mais conhecido como Mestre Alabá, destacou a importância do encontro. “Realmente, contribuiu muito para tirar dúvidas. Através desse encontro pude ficar mais antenado com o que está acontecendo e como vai funcionar. Ficamos felizes em saber que podemos contar com a gestão para nos ajudar”, enfatizou. Para Emile Machado, do Projeto Vivência de Angola, “as informações socializadas foram fundamentais. O processo de cadastro e mapeamento é informar como será feita a distribuição do recurso. Isto foi bom porque também é um modo de nos organizarmos, em relação à documentação, prazos”, finalizou.
Para o presidente do CMC, Marcos Velasch, o encontro foi importante por atrair as pessoas para terem acesso ao recurso emergencial. “Tivemos a oportunidade de nos aproximarmos mais dessas comunidades culturais, agrupamentos sociais e religiosos. Ressaltamos o papel do Conselho de Cultura neste processo. Apresentamos os critérios da Lei que serão exigidos e que assim possam cumprir e não serem desclassificados no ato de análise. O Conselho vai ficar atento para que ninguém fique de fora. E o interessante é que o município está empenhado em várias secretarias para que os trabalhadores e fazedores da cultura tenham acesso a este auxílio”, destacou.
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