Foi inserido digitalmente o míssil que aparece em um vídeo gravado momentos antes da explosão no porto de Beirute, no Líbano (veja aqui). O projétil não consta na gravação original. Uma análise das imagens evidencia a montagem: o suposto foguete está em apenas dois frames e não completa a trajetória até o local da explosão.
O vídeo manipulado começou a circular nas redes sociais em árabe e em inglês nesta quarta-feira (5) e, nesta quinta (6), versões em português reuniam ao menos mil compartilhamentos em postagens no Facebook. O conteúdo foi marcado com o selo FALSO na ferramenta de verificação da rede social (entenda como funciona).
Circula nas redes sociais um vídeo que mostra um objeto semelhante a um míssil caindo em alta velocidade no porto de Beirute antes da explosão ocorrida na última terça-feira (4). Com ele, há a alegação de que o desastre no Líbano foi provocado por um ataque. As imagens, no entanto, foram editadas: nas dezenas de publicações do mesmo vídeo no YouTube e na imprensa, o projétil não aparece.
Outro indício de que se trata de uma montagem é que o míssil não aparece em todos os frames. Como pode ser verificado ao assistir ao vídeo em câmera lenta, o projétil aparece em apenas dois frames, no topo da tela, mas não completa a trajetória até o local da explosão.
A principal hipótese das autoridades libanesas é a de que a explosão foi causada por 2.750 toneladas de nitrato de amônia armazenados de forma irregular. Até a manhã desta quinta-feira (6), já haviam sido contabilizadas 137 mortes pelo desastre.
A peça de desinformação circulou primeiro em árabe, já tendo sido desmentida pelos checadores do Fatabyyano e pela AFP.
Confira o vídeo:
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