Nesta segunda-feira (3) completou cinco meses que as 52 Ararinhas Azuis retornaram à caatinga, sertão do Curaçá, Bahia. A cada dia aumenta a expectativa para se poder contemplar o voo das aves livres na caatinga. São mais de 20 anos que isto não ocorre.
A redação da redeGN mostrou no mês de março ao leitor fotos do Refúgio de Vida Silvestres da Ararinha Azul e a Área de Proteção Ambiental. Em contato com o Ministério do Meio Ambiente, através do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, a informação é que "algumas adaptações estão sendo realizadas", nos locais destinados à reintrodução Ambiental e conservação do bioma da caatinga, na Fazenda Caraíbas.
Desde o momento de chegada ao Centro de Reprodução e Soltura em Curaçá, as Ararinhas foram admitidos em quarentena, com a supervisão das autoridades do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) no local. Cada ave foi retirada da caixa de transporte e teve a leitura de chip realizada.
Descoberta há mais de 200 anos pelo naturalista alemão Johann Baptist Ritter von Spix, a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) não é observada na natureza desde que o último exemplar, um macho, desapareceu em outubro de 2000. Passados 20 anos desde sua última aparição, a espécie finalmente oltou a habitar as matas de Curaçá, no sertão da Bahia, como resultado de um esforço conjunto que vem sendo desenvolvido desde 1986, quando foi descoberta a última população selvagem de apenas três indivíduos.
O Ministério do Meio Ambiente não informou o prazo ou data para os experimentos que darão condições das ararinhas azuis sairem das intalações de readaptação e ganharem novamente os ceús de Curaçá.
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