O vice-presidente de gestão e desenvolvimento institucional da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Mario Moreira, disse em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, neste sábado (1), que se os estudos clínicos da vacina contra a Covid-19 apresentarem resultados positivos, a distribuição do imunizante no Brasil pode começar em janeiro de 2021.
A afirmação acontece, justamente, após o Ministério da Saúde assinar um acordo com a empresa AstraZeneca para garantir a produção da vacina. Mario Moreira explica que, seguindo o cronograma da Fiocruz, no final do ano será obtido o registro do imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que possibilitaria a distribuição para a população.
“O nosso cronograma em articulação com a AstraZeneca é ter no final deste ano os resultados dos estudos que permitem a obtenção do registro. Sendo assim, a Fiocruz que já estará produzindo a vacina antes mesmo do registro, entende que no ano que vem já poderá distribuir a vacina. Isso é um cronograma que a gente deposita muita confiança. Se tudo ocorrer bem, em janeiro estaremos distribuindo essa vacina”, afirma.
Mario Moreira entende que a obtenção da vacina é, de fato, “um instrumento de saúde pública potente”. Ele considera que a vacina contra o coronavírus será “um condicionante para que volte a vida dita como normal” e para que a população possa “sair desse estado de confinamento”. No entanto, até lá, segundo ele, é necessário seguir “as recomendações das autoridades de saúde”, assim como manter o isolamento social nas cidades em que há necessidade. “O momento atual da pandemia é diferente, com claro movimento da epidemia para outros centros menores, assim como para o sul do país. Os dados mostram que estacionamentos em um patamar desagradável, com mais de mil mortes por dia, e isso é muito ruim para o Brasil e para a população”, avalia.
Ao ser questionado sobre uma possível preferência entre as diversas vacinas contra a Covid-19 em desenvolvimento, o vice-presidente de gestão e desenvolvimento institucional da Fiocruz afirmou que “toda vacina aprovada pela Anvisa é confiável”. Garantindo que, embora tenham diferenças entre as abordagens, “uma vez registrado pela agência” ele “teria confiança em tomar qualquer uma delas”. “A Anvisa tem rigor absoluto para avaliação das vacinas. Então se aprovada, ele será segura“, afirma. Segundo Mario Moreira, o acordo assinado entre a Fiocruz a AstraZeneca “define critérios econômicos, tecnológicos e cronogramas para o desenvolvimento do projeto”. O objetivo, com o acordo, é a ” a gente tenha, ao longo desse projeto, a autonomia da Fiocruz para a produção da vacina, dominando 100% da tecnologia” para garantir a distribuição de 100 milhões de doses da vacina, quando estiver aprovada.
Segundo Mario Moreira, o acordo assinado entre a Fiocruz a AstraZeneca “define critérios econômicos, tecnológicos e cronogramas para o desenvolvimento do projeto”. O objetivo, com o acordo, é a ” a gente tenha, ao longo desse projeto, a autonomia da Fiocruz para a produção da vacina, dominando 100% da tecnologia” para garantir a distribuição de 100 milhões de doses da vacina, quando estiver aprovada.
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