Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) aponta que cerca de 1/3 dos restaurantes da Bahia podem falir, se não houver uma mudança no atual cenário da crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus.
“Falar em colapso, não significa apenas o colapso dos bares e dos restaurantes, significa dos seus fornecedores, dos seus colaboradores, significa toda uma cadeia produtiva que vai do campo à mesa, sofrendo bastante com esse processo”, disse o presidente executivo da Abrasel, Luiz Henrique do Amaral.
Um dos reflexos da crise no setor é o número elevado de demissões. De acordo com a Abrasel, cerca de 25 mil funcionários foram demitidos em Salvador. A pesquisa também revelou que dos 6 mil donos de bares e restaurantes, 35% não vão reabrir, mesmo após a pandemia.
Em contato com a redeGN, o garçom Sidiney Alves dos Santos, diz "que a situação da categoria em Petrolina e Juazeiro não está fácil". Ele atua há 20 anos no mercado e revela que faz cinco meses que tudo está fechado no setor de bares e restaurantes. "Nós a categoria não temos como trabalhar. São muitos pais de família sem condições de sustentar a familia", diz Sidiney.
Sidiney conta que alguns garçons estão buscando alternativas para sobreviver. Muitos foram ser mototaxis. Ele para se manter trabalha no seu delivery e faz entrega de marmitas.
A quarentena trouxe outra realidade para os garçons de Petrolina e Juazeiro. Por força do decreto que fechou bares e restaurantes da cidade, a categoria se encontra em casa. Sidiney é a favor da reabertura dos bares e restaurantes. Ele diz que não é so os garçons e cita os trabalhadores do setor: cozinheiro, ajudante de cozinheiro, maître, garçom, auxiliar de cozinha e outros.
Essa semana o empresário Emerson Castro participou da live do Instagram Blog Edenevaldo Alves, na última terça-feira (28) e confirma a crise que vem abalando a região por medidas que para ele não são válidas para o Sertão.
“Podemos viver com esse vírus com protocolos e os bares não são diferentes, estamos fechados desde o início da pandemia e qual a justificativa dessa decisão e a racionalidade disso? Os parques e o comércio abertos, e os restaurantes fechados”, ressaltou.
Para Emerson Castro quando o poder público escolhe fechar restaurantes e bares significa a falência e o aumento do desemprego.
“Se não voltar a reabrir logo, vamos ter que começar a demitir, nós não vivemos do poder público, o poder público que vive da gente, desde junho estamos na expectativa de retomada, nós já temos condições para isso, solicitamos medidor de temperatura, tapete para os pés, cardápio reduzido e digital, maquinetas embaladas e rotina de esterilização, mas enquanto isso não acontece nós estamos no vermelho”, afirmou Emerson durante a live apresentada pelo radialista Edenevaldo Alves.
O radialista Edenevaldo Alves na Petrolina FM, também lançou um editorial em defesa da reabertura do comércio e "proclamou a defesa da classe pelas autoridades, em especial os deputados estaduais com voto em Juazeiro e Petrolina".
Em Juazeiro existe um plano de reabertura de bares e restaurantes para o dia 10 de agosto. Já em Petrolina ainda não existe uma precisão, pois o município depende do plano de retomada das atividades por decisão do Governo de Pernambuco, atitude essa que o empresário criticou duramente.
Com base nos dados epidemiológicos desta semana, o Gabinete de Enfrentamento à Covid-19 em Pernambuco determinou a partir da próxima segunda-feira (3), estarão liberados na região do agreste, os serviços de escritório - desde que utilizem 50% do efetivo -, os restaurantes, cafés e lanchonetes, também com capacidade reduzida e funcionando das 6h às 20h, e as academias de ginástica.
Já a Macrorregião IV, que abriga o Sertão do São Francisco e o Araripe, seguirá estacionada na Etapa 4, uma vez que ainda apresenta crescimento nos indicadores epidemiológicos.
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