Nos tempos amargos em que vivemos, as dificuldades econômicas se repetem de maneira cíclica, tendo como causas as influências dos mais diversos matizes, e pelo natural comportamento dos mercados pelo mundo, com fortes impactos na economia de cada país.
Como se isso não bastasse, a civilização moderna foi atingida de forma pandêmica pelo advento de um Vírus matador, que insistem em chamá-lo de “Novo Coronavírus” ou COVID, cujo complemento numérico “19” atribuído pelos Laboratórios que o descobriram, indica que ele não representa nada de “Novo”.
Até agora, de difícil compreensão e muita controvérsia, são as fortes insinuações de que a origem do vírus na China nada tem a ver com morcegos ou outros bichos, mas, uma criação criminosa em laboratório. A pesada acusação soa como um contraponto ao nível de desenvolvimento elevado e competitivo alcançado pela China, e uma forma de enfrentamento de caráter político entre as potências mundiais.
Uma verdade que ainda alucina a vida das pessoas é a absoluta incerteza quanto ao fim dessa era de dores e mortes. Mercê de tantos esforços dos cientistas da área médica em todo o universo, com progressos impressionantes nas pesquisas pela criação da vacina, é difícil avaliar até quando vai tudo isso. A fé, a esperança e a confiança no esforço dos cientistas e técnicos, são os fatores que alimentam a certeza de que grandes conquistas nessa área estão a caminho.
Uma breve leitura do cenário nacional, permite a triste conclusão de que nem todos os brasileiros estão solidários num esforço único para evitar o aumento dos contágios e o óbvio agravamento da situação. Em quase cinco meses de presença do vírus no país, não ocorreu um único debate conjunto, em nível nacional, com a participação dos segmentos governamentais, médicos, políticos, empresariais e sociais, objetivando encontrar os caminhos que conduzam à solução adequada dessa catástrofe que muitos ainda não se deram conta. Certamente, por isso, têm razão os que acusam que “politizaram a pandemia”!
A pergunta que não quer calar: Por que só Prefeitos e Governadores à frente dessa batalha? Se o STF errou em ratificar que eles tinham poderes para administrar o combate por Decretos, em seus Municípios e Estados, quais iniciativas foram adotadas pelo Governo Federal para defender o seu direito e preservar o seu poder de liderança como Gestor Nacional da crise? Nada fez até aqui de mais estratégico nessa área, e parece ter raiva de quem fez. É bastante ver que o Ministro da Saúde (ainda interino!) e todos os seus assessores imediatos, são militares e não têm qualquer intimidade com a saúde pública!
Justamente em função da Pandemia, que é a estrela negativa e sem brilho da atualidade, um Guarda Municipal da cidade de Santos-SP ao cumprir o seu dever com equilíbrio e responsabilidade, multou um cidadão que fazia a sua caminhada matinal sem o uso da máscara exigida por Decreto Municipal, não somente para protegê-lo, mas, sobretudo, proteger aos demais. O profissional foi humilhado, destratado como ANALFABETO, multa rasgada e jogada ao chão - em mais um gesto de falta de educação doméstica -, tudo porque não se dobrou à tradicional, estúpida e burra pergunta: “você sabe com quem está falando?” Pela imagem do vídeo parece que ele exibe na carteira funcional o cargo que exerce: DESEMBARGADOR! Enoja, citar o seu nome!
Desnecessário gastar muito espaço para analisar tão torpe atitude. É suficiente reproduzir as palavras de um magistrado do Judiciário brasileiro, Ministro Marco Aurélio, do STF, que assim se manifestou: "Autoridade na rua é o guarda, não o desembargador"!
Talvez com receio de possível punição pelos órgãos superiores do Judiciário, optou por divulgar nota de desculpas dirigida ao Guarda Municipal, o que não repõe o estrago na sua imagem: “Realmente me exaltei, desmedidamente, com o guarda municipal Cícero Hilário, razão pela qual venho a público lhe pedir desculpas".
Mesmo assim, sinceramente, não poderia concluir sem tirar uma dúvida com os leitores, disso tudo: No grotesco episódio acima, quem realmente vocês acham que é o ANALFABETO?
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador - BA.
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