A cidade de Juazeiro amanheceu vazia e em silêncio. Um sábio silêncio. Esta é uma oportunidade de reflexão e aprendizado. É seu aniversário de 142 anos de emancipação política, e aniversário simboliza renascimento, recomeço da vida.
Diante da ameaça invisível que nos atemoriza, é hora de ampliar a empatia, ajudando e auxiliando o próximo, na certeza que sairemos dessa crise com um novo olhar sobre nós mesmos e sobre o mundo. É tempo de desacelerar, de olhar para dentro, pois aí pode estar a saída. É tempo de repensar os modelos de negócios, descobrindo novos caminhos. Afinal, somos tão criativos, não é mesmo?
Oh Juazeiro, terra de meus antepassados. A minha terra. Teremos dias melhores para comemorar o seu aniversário de uma forma mais calorosa, com mais alegria, com mais sorrisos, com mais humanidade. Por enquanto o nosso presente para você, é o distanciamento social. Já perdemos muitos queridos que elevaram a tua história de uma forma sublime, deixando os cantos da cidade vazios. Se não foi o vírus que os levaram, foi a pressão do momento que fez o coração parar.
Juazeiro, a cidade das artes, dos poetas, do turismo, da agricultura. A cidade do Rio São Francisco, o nosso Opará que traz tanta riqueza para o nosso Vale. Como eu te amo!
Como escreveu a saudosa professora, cronista e poeta - Antonila da França Cardoso, em sua crônica - Nas doces águas de um rio: E passa o tempo, passa a vida, passam as águas e as pessoas, no mesmo e constante passar. E o vapor prossegue acalentando sonhos, esperanças e ilusões no suave embalo das doces águas de um rio. (Juazeiro, 1968)
Parabéns minha Juazeiro!
Texto e fotografia: Suely Almeida - Funcionária Pública do TJPE
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