Trabalhadores de Juazeiro e Petrolina sofrem com abre-fecha; hoje, a semana começou com tudo fechado

13 de Jul / 2020 às 20h00 | Coronavírus

A semana tem início novamente com o comércio de Juazeiro e Petrolina fechado. O futuro é de incerteza para os comerciantes de Juazeiro e Petrolina. No início, a expectativa era de que todas as atividades seriam retomadas gradualmente, seguindo calendário organizado pelos governos locais. 

Ouvidos pela reportagem da redeGN, pessoas apontam que os principais afetados são salões de beleza e academias, e outros que são vendedores e precisaram suspender, novamente, os serviços devido os decretos. 

Outro setor afetado pelas mudanças foram as academias. Um proprietário que prefere não ser identificado descreve a situação como “o caos para o segmento”. De acordo com ele, o que era para ser uma questão simples de gestão se transformou em prejuízo para diversas empresas, que precisaram retomar contratos com empregados e investir numa futura reabertura, seguindo as normas de segurança. 

“Este tipo de serviço era para ser considerado essencial.”, avalia.

O clima de incerteza obriga vários comerciantes no setor de corte de cabelo e outros setores a manter portas semiabertas. Em alguns estabelecimentos em atividade, funcionários usam máscaras, e usam  álcool em gel para clientes nos balcões. "É triste ter que fazer isto. Não sou bandido para viver assim trabalhando quase que escondido".

Celina Santos trabalho no shopping em Petrolina e afirma "que dessa vez vai precisar de um apoio psicológico. O abre e fecha, falta de renda agora trouxe elevada ansiedade."

No meio da raua, um comerciante autônomo reconhece que não está cumprindo a regra, no entanto ele argumenta não ter alternativa para conseguir seu sustento.

Segundo o infectologista Leandro Machado, é uma decisão difícil porque, por um lado, muitas pessoas estão sem renda. Por outro, retomar as atividades representa risco de infecções.

“A gente está vivendo um contexto onde os hospitais estão quase sem vaga de UTI. Se você abre comércio, você aumenta a probabilidade de uma pessoa não infectada entrar em contato com uma pessoa infectada. Com isso, você não só aumenta o número de infecções, mas, também, de infecções graves. O perigo é a gente vivenciar aquilo que Manaus e São Paulo viveram”, descreve o médico.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) publicou em sua conta oficial no Facebook, hoje, um breve texto sobre a crise provocada pelo novo coronavírus. Intitulada "A hora da verdade", a publicação traz tópicos que versam sobre as consequências da pandemia no setor econômico, com demissões em massa e o aumento da informalidade.

Leia o texto do presidente na íntegra:

- A HORA DA VERDADE:

- Milhões de empregos destruídos, dezenas de milhões de informais sem renda e um país na beira da recessão.

- A situação só não está pior pelas ações do Governo Federal que foi ao socorro das pequenas e médias empresas, arranjou recursos para estados e municípios e está pagando Auxílio Emergencial de R$ 600,00 para mais de 60 milhões de pessoas.

- Sempre disse que o efeito colateral do combate ao vírus não poderia ser pior que o próprio vírus.

- A realidade do futuro de cada família brasileira deve ser despolitizada da pandemia. Os números reais dessa guerra brevemente aparecerão.

- A desinformação foi uma arma largamente utilizada. O pânico foi disseminado fazendo as pessoas acreditarem que só tinham um grave problema para enfrentar.

- Não será fácil, mas havemos de recomeçar. BOM DIA A TODOS.

Redação redeGN Fotos Ney Vital

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