Uma matéria veiculada recentemente pela redeGN avaliando números que englobavam a situação da pandemia do coronavírus em Juazeiro e Petrolina, com uma dose de provocação para que as gestões se unissem em algumas tomadas de decisões, provocou algum tipo de reação e insatisfação, mas ao que parece não há uma possibilidade de ser contemplada se consideradas as últimas decisões dos gestores das duas cidades.
Em que pese estarem localizadas em estados diferentes e sujeitas também a decisões estaduais, os municípios, que na prática se trasformam em um, tem circulação constante e volumosa entre as duas, dificultando a ação de combate à propagação do vírus que tem aumentado consideravelmente no bi-polo.
Em relação, por exemplo, ao isolamento social as decisões em relação ao comércio são completamente desencontradas, basta avaliar os últimos decretos publicados: Quando um abre o outro fecha, quando um fecha o outro abre.
Enquanto o prefeito Paulo Bomfim de Juazeiro anunciava o fechamento mais rígido do comércio, na terça-feira 30 de junho, com previsão de reavaliação para esta segunda-feira (12) e em seguida para o dia 19, em Petrolina o comércio estava liberado quase que na sua totalidade, com exceção para uns poucos segmentos que incluíam os bares e restaurantes.
A experiência de Petrolina mostrou-se ineficiente e Miguel Coelho teve que retroagir anunciando fechamento rígido para esta segunda-feira (13), quando apenas serviços essenciais seguirão funcionando.
Até este final de semana as contradições eram imensas e o vai e vem na Ponte Presidente Dutra, onde é quase impossível se montar barreiras sanitárias, se avoluma entre as duas cidades.
Em Juazeiro quase tudo fechado, em Petrolina quase tudo aberto.
Petrolina: Shopping aberto, em Juazeiro, fechado.
Petrolina: Salões e barbearias abertos, em Juazeiro, fechados.
Petrolina: Comércio em geral aberto, em Juazeiro funcionando apenas os essenciais.
Mototaxi em Petrolina está suspenso, em Juazeiro funcionando.
A partir desta segunda-feira (13) Petrolina volta a intensificar restrições e fecha, inclusive, mercados, feiras livres e serviços de atendimento ao público nos serviços municipais, com previsão de reabertura, para o dia 26 de julho. Em Juazeiro o último decreto vale até o dia 19, o que, em caso de reabertura, volta a proporcionar o desencontro entre o lá e o cá, já que Petrolina seguirá fechada, com funcionamento somente dos serviços essenciais.
Mantidos os desencontros nas datas e decretos, é possível o entendimento que no bi-polo o comércio poucas vezes fechou, de fato, mudando apenas o fluxo das compras e vendas.
Não seria de bom aviltre uma boa conversa entre os gestores das duas cidades? tem acontecido? pode acontecer?
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