O prefeito de Juazeiro, Paulo Bomfim, manifestou profunda indignação com o tratamento que a cidade de Juazeiro vem recebendo por parte do secretário de Saúde do Estado da Bahia, Fábio Villas Boas. Segundo o chefe do executivo municipal, a SESAB vem deixando de cumprir compromissos assumidos pessoalmente pelo governador Rui Costa.
“No momento em que resolvemos transformar a UPA em unidade de referência para o coronavírus, o governador Rui Costa assegurou apoio financeiro à iniciativa. Investimos recursos municipais para transferir o atendimento adulto para a Promatre e pediátrico para o Hospital São Lucas. Porém, até este momento, a única ajuda que recebemos da SESAB foi uma faixa que está colocada na frente da unidade de pronto atendimento”, declarou Paulo.
O prefeito relatou surpresa após mais uma tentativa de diálogo com Fábio Villas Boas. “Na conversa que tivemos por telefone, nesta terça-feira, ao negar que faria os repasses assegurados, Fábio me sugeriu que eu fechasse a UPA se fôssemos precisar dos recursos estaduais. Eu quero dizer aqui, de público, que a UPA não somente não será fechada como ainda será ampliada porque, ao contrário de Fábio, nós temos compromisso com o povo de Juazeiro”.
A relação com a SESAB não tem sido fácil nos últimos anos, segundo o prefeito: “Temos recebido todo o apoio da parte do governador. Rui fala comigo praticamente todos os dias, mas ele tem na sua equipe alguém que sabota o seu trabalho e faz mal à saúde do nosso povo”.
“Em uma conversa, no ano passado, testemunhada pelo presidente do Conselho Municipal de Saúde, Irmão Robson, pela representante da Comissão de Saúde da Câmara, Neguinha da Santa Casa, e pelos deputados Zó e Roberto Carlos, Fábio Villas Boas chegou a dizer que ‘velho tem que morrer em casa, não no hospital’. Tal postura é inaceitável para um agente público!”, revelou Paulo Bomfim.
Os problemas de saúde pública se acentuaram em todo o país em razão da pandemia e, de acordo com o prefeito, a cidade de Juazeiro tem dificuldades extras. “Além de termos um país sem ministro da Saúde há dois meses, posso afirmar que, para Juazeiro, é como se não tivéssemos também um secretário estadual de Saúde. Nossa sorte é ainda contar com a sensibilidade do governador Rui Costa. Todavia, ter Fábio como interlocutor é pior do que não ter interlocutor nenhum”, finalizou Paulo Bomfim.
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