O prefeito Paulo Bomfim, a Secretária da Saúde, Fabíola Ribeiro, e integrantes do Comitê Municipal de Enfrentamento da Covid 19 se reuniram, via aplicativo de ligação, no fim da tarde desta segunda-feira, 06, com 60 lideranças evangélicas e representantes do segmento social-religioso da cidade e apresentou dados sobre a pandemia em Juazeiro.
O prefeito pediu ajuda para o trabalho de conscientização no combate ao coronavírus, no qual o isolamento social é o único tratamento reconhecido pela ciência para lidar com esta nova doença.
Durante o encontro, Paulo Bomfim agradeceu a disponibilidade dos pastores, apóstolos e missionários em conhecer as ações e também pela oportunidade de esclarecer todas as medidas e a transparência dada na aplicação dos recursos recebidos. Ele reafirmou que Juazeiro foi a primeira cidade da Bahia a tomar medidas para proteger a população do contágio, como suspensão das aulas e fechamento do comércio, dentre tantas outras. "O diálogo é presente em nosso modo de gerir e respeitamos as lideranças religiosas, quando apresentamos o trabalho que temos feito para o povo de Juazeiro. Sempre procuramos ouvir os especialistas para que tenhamos fundamento científico. As igrejas fazem parte do cuidado das pessoas, pois orientam, educam, salvam. E também são exemplo e podem ajudar as pessoas a se prevenirem. Não podemos tomar como parâmetros os que descumprem as regras, mas buscar conscientizá-los para atingirmos um nível maior de isolamento social e reduzir o numero de pessoas contaminadas. O que também vai reduzir o número de pessoas que poderão precisar de leitos de UTI e intermediário", declarou Paulo Bomfim.
O infectologista Washington Luiz, integrante do Comitê, apresentou um estudo do IBGE, realizado recentemente esteve em Juazeiro, que prospectou um aumento considerável de pessoas que precisarão de leitos de UTI , caso não sejam obedecidas as medidas de isolamento social, único tratamento reconhecido para reduzir a proliferação rápida do novo coronavírus. Também destacou que há um protocolo de atendimento que tem sido posto em prática pelos profissionais da Saúde, mas sem uso de medicação específica para o tratamento da nova doença, ficando a responsabilidade por cada profissional médico pela prescrição, se o paciente permitir que este tratamento off label (sem indicação científica)seja iniciado.
A secretária Fabíola Ribeiro, que também é médica, reforçou que o município tem dialogado com a Secretaria da Saúde da Bahia, e com o munícipio vizinho de Petrolina. Ressaltou também que há um debate sobre um protocolo de oferta de medicamento para pacientes sintomáticos. Contudo, médico e paciente deverão assinar um termo de consentimento, já que o profissional tem permissão para receitar as medicações. "Nós temos estudado todas as alternativas para proteger a população para salvar vidas. Mas temos que tomar por base a ciência. E o isolamento social é a nossa evidência mais eficaz", esclareceu.
Presidente do Conselho Municipal Saúde e líder evangélico, o presbítero Irmão Robson destacou que verificou de perto todas as medidas executadas e espera que sejam seguidas para que o município reduza o número de casos confirmados. "Tenho acompanhado por dever de ofício todas decisões que foram tomadas, fiscalizando, opinando, divergindo e, na maioria das vezes, convergindo. Creio que precisamos conscientizar as pessoas,mostrar que o isolamento social é necessário, assim como as medidas de higiene como lavar as mãos, usar máscara. Seguindo estas orientações, os números ficarão do nosso lado e assim seguiremos a vida adaptados a este vírus que assola a humanidade, até termos uma vacina que possa nos ajudar a salvar toda a população", enfatizou.
No final do encontro, algumas lideranças evangélicas solicitaram ao prefeito que reveja a proibição de cultos., o prefeito Paulo Bomfim afirmou que a decisão será tomada somente, após discutir com o comitê, ouvindo especialistas da área da Saúde.
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