Mais um ato desta vez em forma de carreata foi promovida em Juazeiro, Bahia, a favor da reabertura do comércio. Dezenas de empresários participaram de uma Carreata com o objetivo de pressionar as autoridades governamentais pela “Reabertura do Comércio em Juazeiro". A palavra de orderm era "Juazeiro não pode parar“.
A mobilização aconteceu no período da manhã, desta quinta-feira (25), com saída organizada na Lagoa do Calu e seguiu pelas principais ruas e avenidas da cidade e finalizando com uma concentração em frente à Prefeitura Municipal.
Enquanto muitos defendem que o setor produtivo deve voltar a funcionar que as famílias possam ter seu sustento e a economia local possa girar, outros preocupam-se com a disseminação do Novo Coronavírus se o comércio e serviços retornarem antes do proposto pelas renomadas autoridades em saúde.
Autoridades sanitárias em diferentes meios de comunicação, ressaltam sempre o risco de cessar o isolamento social antecipadamente. Todas normas sanitárias e as orientações das autoridades competentes, incluindo o Ministério da Saúde, destacam a necessidade de não haver aglomeração.
Enquanto a intenção da carreata é que cada pessoa esteja em seu carro justamente para não haver aglomeração, algumas entidades de movimentos sociais entendem que esse tipo de manifestação põe em risco a saúde comunitária, podendo sim gerar aglomerações e motivar outras manifestações similares.O leitor José Heitor opiniou que "essa é a carreata da morte! Cenas lamentáveis".
Ontem à tarde, o Ministério Público estadual recomendou que o Município de Juazeiro fiscalizasse a realização da carreata em favor do retorno do comércio na cidade, intitulada “Juazeiro não pode parar”.
Segundo a recomendação encaminhada a fiscalização deveria observar o cumprimento das regras de trânsito e de distanciamento social e evitar a concentração de pessoas nas ruas e em veículos coletivos fora dos parâmetros estabelecidos por decretos municipal e estadual.
A Prefeitura foi orientada a apresentar ao MP, em 72 horas, relatório de eventuais ocorrências na manifestação, para análise e adoção de medidas cabíveis.
A recomendação é assinada pelos promotores de Justiça Andrea Mendonça Costa, Daniela Baqueiro Leal, Joseane Mendes Nunes, Márcio Henrique de Oliveira, Mayumi Menezes Kawabe, Rita de Cássia Rodrigues e Roberta Masunari. Eles destacaram que a carreata é uma forma de livre expressão do pensamento decorrente de direito previsto na Constituição, que não pode ser tolhida desde que “obedecidas as regras do distanciamento social exigidas pelo enfrentamento da Covid-19”, estabelecidas em decreto municipal publicado no último dia 20 de junho. Conforme o documento, a própria organização da carreata alertou, no “card convocatório”, para a necessidade de não aglomerar e usar máscaras.
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