Há um mês, o Sebrae lançou a campanha “MEI. Reinvente. Repense. Recrie” para ajudar os microempreendedores individuais a encontrarem as melhores alternativas para empreender ou superar a crise do coronavírus.
O site especial, com conteúdos para os diversos desafios enfrentados pelo MEI nesse momento, já conta com quase 300 mil visualizações e mais de 196 mil usuários de todo o país.
O ambiente online criado pelo Sebrae oferta conteúdos para a categoria inovar e continuar em operação por meio de mudanças estratégicas e planejadas, além de auxiliar aqueles que buscam se formalizar.
Nele é possível acessar diferentes conteúdos EAD do portal, que incluem cursos online, lives, palestras, oficinas, textos, cartilhas, e-books, abrangendo temas específicos sobre finanças, marketing, vendas, inovação, legislação, empréstimos e planejamento estratégico. No portal, os empreendedores também podem realizar um atendimento online e consultorias especializadas.
“O MEI é uma das principais oportunidades de geração de renda e de empregos para o nosso país e está entre as categorias mais afetadas pela crise. Por isso, precisamos ajudá-los nos novos desafios exigidos pelo mercado”, afirma a coordenadora estadual de MEI do Sebrae/PR, Carla Selva.
No Paraná, 11.571 usuários acessaram o portal e realizaram 16.938 visualizações, cerca de 5,8% do total. O Estado possui mais de 600 mil microempreendedores individuais.
Entre os empreendedores que procuraram a ajuda do Sebrae nesse período está João Nogari, que atua na área de design digital em Curitiba e se formalizou no mês de maio. Com a suspensão de suas aulas na faculdade, ele decidiu se formalizar por enxergar uma demanda em serviços de design, uma vez que muitas empresas passaram a aumentar suas presenças no meio digital. Desde então, João conquistou três clientes, além de realizar serviços avulsos.
Segundo ele, os conteúdos e capacitações oferecidos pelo Sebrae têm sido muito importantes para os microempreendedores neste momento.
“Acredito que este seja o tempo de se capacitar para atuar com ainda mais qualidade. Tenho consumido diversos materiais, assistido a palestras online e participado de cursos, especialmente para a montagem de um plano de negócios. Quanto mais você adquire conhecimento, mais cria, e desta forma, você se diferencia no mercado”, afirma. Seu principais canais de contato são pelo Instagram e pelo e-mail [email protected].
Jaqueline Resende da Silva é dona da loja RB Calçados, em Araucária, desde 2018. Com localização próxima a três escolas da região, ela obtinha seu faturamento com base no movimento dos pedestres, especialmente alunos. Com a crise e a interrupção das aulas, ela deixou de abrir a loja por uns dias e percebeu que precisava mudar a forma de vender para não fechar a empresa. Para isso, ela buscou as consultorias do Sebrae e realizou um planejamento financeiro para conseguir as renegociações de dívidas com fornecedores e credores e também investiu na própria capacitação.
“Percebi que eu precisava ter uma presença maior na internet para que as pessoas não se esquecessem da minha marca. Por isso, busquei cursos sobre redes sociais e marketing digital e entendi que preciso oferecer mais valor ao meu produto. Preciso me diferenciar e oferecer um serviço ao meu cliente”, afirma.
Com isso, ela aprimorou a parte técnica e buscou produzir novos conteúdos para o Facebook e Instagram da loja. Além disso, investiu em mudanças na identidade da loja, com reforma na fachada e a criação de uma nova logomarca, além de oferecer diferenciais aos clientes.
“Estou buscando pensar de maneira mais estratégica. Além das redes sociais, utilizo também muito o WhatsApp para fazer sorteios e promoções e combinar entregas dos produtos com os consumidores. Também penso em fazer parcerias com outros negócios”, destaca ela, que chegou a contratar uma funcionária para aprimorar sua presença nos meios virtuais. Para contatar a empreendedora, basta acessar as páginas do Facebook e do Instagram.
Os MEI estiveram entre as categorias mais afetadas pela crise e muitos precisaram paralisar temporariamente suas atividades. De acordo com pesquisa do Sebrae, 58% tiveram que suspender suas vendas durante a pandemia e 31% mudaram a forma de funcionamento. O Brasil possui mais de 10 milhões de microempreendedores individuais.
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