A saída de Abraham Weintraub do Ministério da Educação (MEC), anunciada nesta quinta-feira (18/06), repercutiu rapidamente, sobretudo nas redes sociais.
O agora ex-ministro cai após um longo desgaste político com os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), agravado com o episódio do último domingo (14) em que compareceu a um protesto em Brasília de apoiadores do governo.
A saída de Abraham Weintraub do Ministério da Educação repercutiu entre o mundo político e partidário nesta quinta-feira (18). A maioria das mensagens foi de comemoração pelo desembarque do governo.
Weintraub é alvo de insatisfação no Congresso, no Supremo Tribunal Federal e na ala militar do governo. Ele já protagonizou atritos envolvendo o Enem, o Fundeb, método de escolha de reitores e resistiu a negociação de cargos no governo.
O comunicado da saída foi feito nesta tarde pelo agora ex-ministro e pelo presidente Jair Bolsonaro em um pronunciamento em vídeo. Weintraub assumiu o cargo em abril de 2019 após a demissão de Ricardo Vélez Rodríguez.
Ele disse que vai assumir um posto de diretoria no Banco Mundial.“Sim, dessa vez é verdade, estou saindo do MEC e vou começar a transição agora e nos próximos dias eu passo o bastão para o ministro que ficar no meu lugar, interino ou definitivo”, disse.
Embora em menor número também houve manifestações de apoio ao ex-ministro, sobretudo de deputados bolsonaristas e do presidente do PTB, o ex-deputado Roberto Jefferson.
Confira algumas declarações: Deputado João Campos (PSB-PE): Demissão de Weintraub e já precisamos focar nos desafios que vêm pela frente. O terceiro ministro da Educação de Bolsonaro promete ser uma triste extensão da era de Velez e Weintraub. Carlos Nadalim, atual Secretário de Alfabetização do MEC, é mais um Olavista que assume o ministério por mero alinhamento ideológico e promoção de políticas duvidosas como a Educação domiciliar. Fica claro que Bolsonaro não quer um MEC que trabalhe por um ensino de qualidade, mas para impor sua ideologia pessoal na educação brasileira. Como coordenador da Comissão Externa de Acompanhamento dos Trabalhos do MEC, na Câmara dos Deputados, asseguro que iremos redobrar a fiscalização das ações do Ministério.
Senador Randolfe Rodrigues: Já vai tarde! Há tempos o Ministério da Educação, assim como o Brasil, está sem comando. É uma vitória da Educação! Mas vale lembrar: não é porque caiu que não vai deixar de pagar por eventuais crimes, viu? Isso vale p/ Bolsonaro e p/ Weintraub! O Brasil merece mais!
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