Uma subtenente da Polícia Militar se curou da Covid-19 após ficar oito dias internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular de Salvador.
Sileide de Almeida Santos conta que demorou para entender que estava com a doença e também para buscar ajuda médica. Ela afirma que o tratamento foi difícil.
A subtenente deu entrada no hospital no dia 19 de abril e foi encaminhada para UTI apenas com suspeita de estar com o novo coronavírus. O resultado que confirmou que ela estava com o vírus saiu dias depois.
"Não foram fáceis não. Eu demorei de acreditar que estava com a Covid-19 e que precisaria de uma ajuda médica. Mas, quando eu cheguei na emergência, já fui direto para o oxigênio porque eu não aguentei mais respirar sozinha", disse.
"Demorei demais de tomar atitude e procurar ajuda. Mas, graças a Deus, foram oito dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), muito bem cuidada, apesar de toda a dificuldade do corpo em se ajustar à realidade da doença, as dificuldades, as dores, a tristeza", revelou.
Uma semana depois, no dia 26 de abril, ela foi liberada da UTI e foi para casa, onde continuou com o tratamento e em quarentena.
"Depois que fui liberada da UTI, eu fui para casa e fiz o isolamento na casa minha casa, dentro do meu quarto. Durante esses 14 dias, fiz acompanhamento remoto do hospital. Eu tive ajuda também de fisioterapia por causa da fraqueza muscular e também para fortalecer o pulmão", contou.
A subtenente revelou que precisou manter a calma e a serenidade para consegui se recuperar do novo coronavírus.
"Eu acho que é possível a gente vencer mesmo, permanecendo na serenidade, na calma e esperar. Eu acredito muito em oração. Eu sabia que tinha pessoas fora que me amavam, que estavam orando e torcendo para que eu me recuperasse. É um passo triste que marca, que me marcou, mas que dá para gente ter mais esperança", contou.
A mulher afirmou também que acredita que a pandemia da Covid-19 despertará novos sentimentos nas pessoas ao ponto de que elas possam valorizar coisas que antes do novo coronavírus eram esquecidas.
"O mundo pode não melhorar pós-Covid, mas acredito que muitas pessoas vão aprender bastante com isso, e a gente vai aprender a ser mais 'pessoa', a valorizar coisas que a gente esquecia muito de valorizar", pontuou.
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