Na noite desta quinta-feira (28) a RedeGN postou matéria da jornalista Mônia Ramos criticando o número de funcionários comissionados e temporários na gestão do prefeito de Juazeiro (BA) Paulo Bomfim (Veja aqui). Em responsta à publicação, a Assessoria da Prefeitura de Juazeiro encaminhou a seguinte nota:
De início, já se vê que a autora da “reportagem” comete erros primários:
- Ela sobrepõe dados. Alguns cargos comissionados são também efetivos. Em vez de subtrair do cálculo total, ela soma. Isto deveria ter sido aprendido na 4ª série do Ensino Fundamental.
- Outro exemplo: ela diz o total de temporários e depois discrimina os das autarquias. No final, soma novamente. De novo, faltou aula de Matemática na 4ª série.
- A expansão na oferta de serviços públicos demanda a contratação de funcionários. Por exemplo: em 2008, Juazeiro tinha 8 creches próprias. Nos últimos anos, construiu 25 novas escolas de educação infantil. Creche não funciona só com as paredes. Ela precisa de professores, equipe gestora, merendeira, porteiro, agentes de limpeza, etc. Por isso, advinha, tem que contratar profissionais.
- Mais um erro de leitura. A prefeitura, segundo esses dados, tem 864 cargos comissionados. No entanto, cerca de 260 deles são diretoras, vice-diretoras de escolas e coordenadores pedagógicos que são profissionais concursados, eleitos de forma direta ou certificados.
Portanto, restariam aproximadamente 600 cargos comissionados. Destes, cerca de 45% são também efetivos que exercem funções de chefia.
Outros detalhes importantes. No último relatório de aprovação de contas, Juazeiro apareceu com 57% de gastos com pessoal. Todavia, seguindo as recomendações dos novos parâmetros adotados pelo próprio tribunal, Juazeiro tem 48,6% de gastos nesta rubrica.
Muitos servidores são vinculados a programas federais geridos pela prefeitura: Programa de Saúde da Família, CAPS, CRAS, etc., são exemplos deles.
Em Juazeiro, com 216 mil habitantes estimados, por exemplo, os PFS fazem uma cobertura de 97% da população segundo dados do Ministério da Saúde. Para não contratar, o município teria que fechar postos de saúde e achamos que ninguém, em sã consciência, defenderia tal ideia.
Não custa lembrar que todos os temporários só ingressam via processo seletivo. Algo diferente de gestões de décadas passadas que faziam política através do empreguismo. Importante não esquecer também que foi este projeto político que governa a cidade quem resolveu fazer eleição direta para gestores, mudando o modelo de indicações que antes existia.
Alguém já disse que “sob tortura, números dizem qualquer coisa”. E foi isso que fez a autora da matéria. Ela torturou números para vender uma realidade que não existe, inclusive, fabricar o “dado” de 5 mil comissionados. Isto nem pode se chamar de erro, mas somente de má-fé.
Constatamos acima que estamos diante de uma nova forma de fake news, aquela que distorce números, e o pior, produzida por uma jornalista profissional, que certamente conhece as obras que brotam nos grupos de WhatsApp. Estamos mesmo correndo sério risco com a pandemia das fake-news.
Para encerrar, registre-se que a gestão Paulo Bomfim teve todas as suas contas aprovadas pelo TCM.
Ascom PMJ
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