O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, afirmou, hoje, considerar “inconcebível” o pedido de apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro e que, caso aceito, poderá ter "consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional".
A solicitação foi apresentada por parlamentares e partidos da oposição em notícia-crime levada ao Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do inquérito que apura suposta interferência do presidente na Polícia Federal. Hoje, o ministro Celso de Mello, relator do caso, pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre assunto.
“O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência alerta as autoridades constituídas que tal atitude é uma evidente tentativa de comprometer a harmonia entre os poderes e poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”, diz Heleno, em nota publicada nas redes sociais.
Em uma nota direcionada à Nação brasileira, publicada no Twitter nesta sexta-feira (22), o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, afirmou que uma eventual apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro seria “inconcebível e, até certo ponto, inaceitável”.
A fala de Heleno é uma reação ao fato de ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter encaminhados à Procuradoria-Geral da República (PGR) três notícias-crime apresentadas por partidos políticos e parlamentares à Corte. Nas notícias-crimes os partidos pedem, entre outras providências, a apreensão do celular do presidente. O movimentação processual feita pelo ministro do STF é a praxe em situações similares, solicitar parecer da PGR sobre notícias-crime.
Entre as medidas solicitadas estão o depoimento do presidente, e a busca e apreensão do celular dele e de seu filho, Carlos Bolsonaro, para perícia.
“Caso efetivasse, seria uma afronta à autoridade máxima do Poder Executivo e uma interferência inadmissível de outro Poder na privacidade do presidente da república e na segurança institucional do País”, diz a nota.
Ao finalizar, o ministro faz uma referência ao que chama de “autoridades constituídas” e diz que “tal atitude é uma evidente tentativa de comprometer a harmonia entre os poderes e poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”.
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