Em que pese estudos internacionais não encontraram eficácia no uso da cloroquina, o governo federal divulgou a pouco o protocolo para uso do medicamento no SUS inclusive para casos mais leves, mudando a indicação que recomendava somente para casos mais graves.
A mudança no protocolo era um desejo do presidente Jair Bolsonaro, defensor da cloroquina no tratamento da doença causada pelo novo coronavírus.
A polêmica sobre o uso do medicamento vinha se desenrolando a meses e foi inclusive base de motivos para saída de dois ministros da saúde, Mandetta e Teich.
Em que pese a insistência na aplicação do medicamento, no protocolo divulgado pelo ministério não aparece assinatura de nenhuma autoridade. O texto mantém a necessidade de o paciente autorizar o uso da medicação e de o médico decidir sobre a aplicar ou não o remédio e ressalta que "não existe garantia de resultados positivos" que "não há estudos demonstrando benefícios clínicos".
O documento afirma ainda que o paciente deve saber que a cloroquina pode causar efeitos colaterais que podem levar à "disfunção grave de órgãos, ao prolongamento da internação, à incapacidade temporária ou permanente, e até ao óbito".
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