Em petição, Sérgio Moro solicita que conteúdo do seu depoimento à PF, se torne público

04 de May / 2020 às 20h08 | Política

O que disse e apresentou o ex-ministro e ex-juiz, Sérgio Moro, à Polícia federal, em depoimento colhido em Curitiba no sábado (2), está bem próximo de ser revelado, após pedido do próprio Moro para que o conteúdo do seu depoimento seja revelado.

Através de petição, os advogados de Moro explicitaram o desejo de que o depoimento se torne público: “Considerando que a imprensa, no exercício do seu legítimo e democrático papel de informar a sociedade, vem divulgando trechos isolados do depoimento prestado pelo requerente em data de 2 de maio de 2020, esta defesa, com intuito de evitar interpretações dissociadas de todo o contexto das declarações e garantindo o direito constitucional de informação integral dos fatos relevantes -- todos eles de interesse público -- objeto do presente inquérito, não se opõe à publicidade dos atos praticados nestes autos, inclusive no tocante ao teor integral do depoimento prestado pelo requerente”, escreveram.

Nesta segunda-feira a Procuradoria-Geral da República já havia solicitado ao ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), diligências para apurar relatos e provas apresentadas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, incluindo solicitação para que sejam colhido os depoimentos de três ministros de Estado: o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e o ministro da Casa Civil, Braga Netto, arrolados no processo após citação de Moro de ekles teriam testemunhado as ameaças de demissão se não substituísse o superintendente da Policia Federal do Rio de Janeiro.

A deputada Carla Zambelli e delegados da PF, incluindo Maurício Valeixo, o pivô de toda crise entre Moro e Bolsonaro, também serão ouvidos pela Polícia Federal.

O Procurador solicitou ainda que a gravação de reunião ministerial citada por Moro, onde ele teria afirmado ter sido ameaçado de demissão caso não interferisse na Polícia Federal no Rio de Janeiro, seja requisitada de imediato.

da redação redeGN

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