(Ilustração: Deus, lá do Alto, acima de tudo e de todos)
Esse COVID-19 é um vírus que precisa ser muito pesquisado, realmente. Além da morte que é o ápice da sua trajetória fatídica, produz outros efeitos colaterais de grande impacto na população, seja resultante do necessário isolamento social ou pelo caos econômico-financeiro que produziu.
Porque não bastam as acertadas medidas de socorro financeiro adotadas pelo Governo Federal através da verba emergencial, visto que até o dinheiro chegar às mãos da pessoa necessitada para suprir a sua carência alimentar e da família, existem todos os trâmites burocráticos legais bastante conhecidos, até ser liberado pelo Banco do Brasil e Caixa.
Enquanto isso a fila nas ruas cresce, os riscos de contágio aumentam, o estômago reclama e as crianças choram em casa com fome, sem entender o que está acontecendo.
O que mais deprime, apesar de todo esse sofrimento e lágrimas de dor derramadas por milhares de famílias que perderam entes queridos, é constatar que temos um Presidente da República sempre sorridente, a circular pelas ruas como se em campanha eleitoral estivesse, a passear de moto pelas ruas de Brasília, e a lanchar na primeira padaria que encontra, sempre com um séquito à sua volta! A atitude, em contraponto com toda a realidade mundial e nacional, evidencia indiferença com o cenário crescente de mortes, e o que possa estar por vir, demonstrando que estão erradas todas as recomendações médicas e de especialistas de todo o mundo, e somente os seus conceitos estão corretos? E olha que a contaminação que já atingiu a dois Governadores (Rio e Pará), não parece sensibilizá-lo! Palavra que, diga-se de passagem, parece desconhecer.
Justamente no momento tão grave e preocupante para a Nação brasileira, desqualificar o trabalho do seu melhor Ministro, o Luiz Henrique Mandetta (DEM), da Saúde, e exonerá-lo por uma visível motivação partidária, é politizar a crise. Ora, seria elementar e primário não entender o quanto as medidas rígidas do isolamento social e a suspensão temporária das atividades comerciais e industriais prejudicam o conjunto da economia e, por consequência, a sobrevivência dos trabalhadores, em geral. Impossível acreditar que os que falam da importância da economia, estejam a desprezar a importância da vida das pessoas... Para uma economia ativa e pujante, impõe-se a presença de empresários e trabalhadores com vida plena de saúde, e sem enfrentar riscos
Mas, é triste não querer enxergar o exemplo maléfico ocorrido na Espanha, Itália, Inglaterra e EUA, que não adotaram providências preventivas mais rígidas para conter a expansão descontrolada do vírus e agora vivem a disputar o primeiro lugar na perda de vidas e no número nacional de infectados.
O Presidente deveria ter bem mais consciência da dimensão da responsabilidade que lhe foi atribuída pelos 57,7 milhões de votos, e quais os princípios fundamentais que motivaram essa tendência do eleitorado.
A propósito, será que esse enigmático vírus não poderia nos informar qual o paradeiro daquela corja sinistra que sumiu abruptamente do cenário nacional, e que nem a mídia, antes aliada, divulga qualquer notícia? É estranho, mas alguns líderes notáveis e quase heróis mitológicos de ontem, perderam prestígio até mesmo nas rodas de pequenos debates entre a Direita e a Esquerda, onde, sequer mencionam os seus nomes! Recolhidos ao total ostracismo! Mas, sinceramente que tipo de contribuição poderiam dar, se esses personagens foram eficientes, apenas, em sucatear o erário das formas mais vergonhosas que se possa imaginar!
Como resultado da convergência de todos esses problemas, achei interessante a frase de um leitor comentando a grave crise, em algum site, e que inspirou o título desta crônica: “DEUS ACIMA DE TUDO... ELE ESTÁ VENDO TODOS”! Encerra uma verdade e merece o nosso respeito.
Mensagem final: “Que sirva para entendermos que viagens foram canceladas, porque a grande viagem que deve ser feita é pra dentro de nós mesmos”. (Adriana Giampietro).
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público - Aposentado do Banco do Brasil – Salvador – BA.
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