Depois de um longo período de estiagem e muitos prejuízos tanto na agricultura familiar quanto nas criações de animais, chegou o momento em que muitos sertanejos celebram: as barragens e barreiros 'sangrando' depois de chuvas que apresentaram um índice pluviométrico bem maior do que o esperado para a região nesses primeiros meses do ano.
Em Petrolina, a comunidade de Cruz de Salinas amanheceu nesta sexta-feira (17) com a notícia do transbordo da sua barragem que é a segunda maior do município com capacidade de armazenar até 4 milhões de m³.
No ranking de maiores reservatórios de água da cidade sertaneja se encontram em primeiro lugar a de Vira Beiju (11,8 milhões de m³), em segundo a de Cruz de Salinas (4.021.375 m³) e em terceiro a de Almas (3.800.000 m³). Cacimba Velha (1.802.000 m³), Baixa do Icó (1.300.000 m³), Pau Ferro (2.068.937 m³) e Água Branca (2.354.600 m³) foram outras grandes barragens que tiveram seus níveis recuperados e estão com 80% do armazenamento. Em Cristália havia 12 anos que a barragem não 'sangrava' e no final de março com as chuvas que vieram ela teve seu renovo ficando em 100% de sua capacidade.
Quem mora em área de sequeiro desta vez tem motivos para celebrar. Os agricultores familiares Paulo e Terezinha da comunidade de Poço Dantas em Cristália seguem animados com as plantações de feijão-verde, gergelim, milho e palma que cresceram bastante graças às recentes chuvas. Já quem estava aguardando um volume proveitoso de peixes terá que aguardar mais um período para que o repovoamento das barragens por meio de reintrodução de alevinos de espécies como tilápia, curimatã, carpa e tambaqui.
A previsão, de acordo com os principais institutos de meteorologia do país, é que até final de abril mais chuvas ainda caiam no Sertão do São Francisco.
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