O leitor da redeGN, Zoroastro Cedro, conhecido por Zoró, químico, aposentado e pequeno produtor rural, envia email, apontando "ser avesso a arbitrariedades" e acusa Chesf de causar prejuízos aos pequeno produtores.
Confira:
Há poucos dias, comentei aqui o artigo sobre o aumento, repentino e inesperado, da vazão do Rio São Francisco, efetuado pela Chesf, de 800 m3 para 1.000 m3 e, no dia seguinte, para 1.400 m3. Agora, tivemos novo aumento, para 1.600 m3, avisado no final da tarde, para ocorrer à meia noite.
A Chesf, com isso, ratifica a incompetência, por não conhecer o mecanismo do rio/barragem, após 50 anos da inauguração, e acrescenta, à ação repentina, a irresponsabilidade, pelo aviso em cima da hora.
A alegação é "para limpar a água no baixo São Francisco"; ora, quando estava no volume normal do rio, de 1.300 m3, há alguns anos, nunca houve problema de aumentar vazão, para limpar a turbidez da água abaixo; houve aumentos para limpar por excesso de algas, mas nunca nesses níveis. Por que, agora?
Creio que deve ser porque o volume de água, a caminho, ultrapassará o nível máximo da barragem de Sobradinho, mas só estão percebendo, agora.
Com a redução, drástica, na vazão da barragem, há alguns anos, nós, produtores rurais, tivemos que colocar nossas bombas praticamente ao nível do rio, fazer base, cavar canaletas, para trazer a água da calha, para a beira, de onde poderia ser sugada pela bomba.
De repente, a vazão é aumentada 3 vezes, em cinco dias, e haja corre-corre para tirar a bomba do lugar, para um mais elevado.
Urge que o Secretário de Agricultura do município, o Ministério Público, ou quem de direito, requisite da Chesf uma tabela de previsão de aumentos, com a devida antecedência.
Zoroastro Cedro - Zoró - Químico, aposentado, pequeno produtor rural, avesso a arbitrariedades.
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