O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu entrevista na manhã desta quinta-feira-feira (16), a Rádio Metropole de Salvador, com retransmissão da Tropical Sat Fm, em Juazeiro, Bahia, e disse que apesar de democraticamente eleito, o Brasil não merecia ter um presidente como Jair Bolsonaro.
Lula também elogiou os governadores do Nordeste e ações para combater a proliferação do coronavírus. Na entrevista, Lula, apontou que o atual Ministro Luiz Mandetta, "é conservador que só agora vestiu o colete do Sistema Único de Saúde" e entrincheirou Bolsonaro e juntos eram opositores ferrenho do Mais Médicos. Lula ainda destacou que as políticas de saúde estão em risco devido a orientação do atual governo que privilegia a iniciativa privada. "Armas, agrotóxicos e mudanças no trânsito, que ninguém mais fala e que colocam ainda mais vidas em risco".
Para Lula, Bolsonaro precisa assumir o papel de um presidente da República e tomar as rédeas do país. "Um presidente da República não pode ficar brigando com todo mundo todo dia e toda hora. Ele tem que governar esse país e deixar de ser ignorante e deixar fazer o que tem que ser feito", acrescentou.
"O projeto de Bolsonaro desde o início do Governo foi reduzir ao máximo a atenção básica em saúde, dirigida exclusivamente para aqueles que não podem pagar, para que todos os demais sejam induzidos a buscar atendimento no mercado e agora o que vão fazer"?, questionou Lula.
"Falou-se que deputado não prestava, senador não prestava, partido não presta, a ponto de conseguirem fazer com que um cidadão, que tinha 28 anos de mandato que ninguém sabia o que ele fazia e quatro de vereador, ser eleito por uma parte da sociedade que era antipolítica. Por não gostar de política, votaram de Bolsonaro. É o maior desastre do mundo quando a sociedade não acreditar a política, nega e tenta eleger alguém que não gosta de política e a montanha pare Bolsonaro", declarou Lula.
Lula ainda avaliou que o Partido dos Trabalhadores continua sendo um dos partidos mais importantes da América Latina e voltou a atacar o Governo Federal. "O ódio era e é as oportunidades que os pobres tinham de estudar ir para uma faculdade, andar de avião e ter condições de receber o bolsa família", disse Lula.
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