O presidente Jair Bolsonaro disse a ministros, durante reunião ministerial nesta terça-feira (14), que ele é o Presidente da República e, portanto, está no comando de medidas e soluções para o combate ao coronavírus. A fala foi interpretada como um recado ao ministro da Saúde, Henrique Mandetta. Presente, segundo relatos, Mandetta não respondeu.
Bolsonaro voltou a demonstrar preocupação com a economia durante a crise do coronavírus e elogiou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que estava presente, pela operação para ajudar os informais durante a crise.
Na reunião, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araujo, assustou colegas ao repetir a tese de que haveria uma manipulação da China para ter vantagens econômicas durante a crise do coronavirus.
Araujo- que comanda o Itamaraty- repete a linha do ministro da Educação, Abraham Weintraub, e do filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro.
Nas palavras de um ministro, “Ernesto consegue chocar”.
Saída de Mandetta
Auxiliares do presidente admitiram nesta quarta-feira (15) que o presidente busca um nome para a vaga de Mandetta. E que o ministro só será trocado quando o presidente achar um substituto.
Por ora, Osmar Terra- que pleiteia o cargo- está descartado. A ala militar do Planalto argumenta junto ao presidente que é preciso buscar um nome que tenha respaldo técnico entre os médicos.
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