O professor de geografia, Alfredo Luiz de Andrade, nasceu na capital de Pernambuco, Recife. Naturalmente é paixonado pelo mar desde criança. Nos últimos cinco anos o destino o trouxe para Juazeiro e Petrolina. Na bagagem, no matulão veio uma prancha, um remo que encontrou a natureza e lógico, o Rio São Francisco.
Com criatividade, profissionalismo e experiência, Alfredo Luiz rema de pé em cima de uma prancha até longas distâncias, usando a preparação física e todos os cuidados inerentes à vida de atleta, assim ele vive o dia a dia do Rio São Francisco.
A Modalidade esportiva é denominada standuppaddle. O professor mantem a tradição de fazer atividades diferentes e tem a expectativa que praticantes tomem gosto pelo esporte, assim valorizam e percebam mais o rio.
A experiência de “andar sobre as águas”, já proporcionou a Alfredo sensações que aumenta a cada dia o seu amor pela região e pela vida esportiva. Uma delas a possibilidade de ver o pôr-do-sol de dentro do rio. Este contato com a natureza que o esporte promove renova as energias, trazendo muita paz para o remador. Outra a de salvar três cidadãos que estavam se afogando. E mais: devolver ao rio peixes que estavam presos em redes. São momentos vividos por Alfredo dentro do Opará, que na linguagem indígena é o Rio que é mar.
"O Rio São Francisco ou como nós de Juazeiro e Petrolina chamamos, Velho Chico esse rio mágico que virou parte da minha vida esportiva e aquática desde que cheguei no vale. Utilizo ele com uma grande frequência para praticar o meu esporte o standuppaddle ( para quem não conhece é uma prancha usada para remar em pé) e nesses 5 anos vi o rio fraco pedindo socorro mas nesses últimos anos acompanhei ele mais cheio e com mais vida", revela Alfredo.
"Faz parte do Rio São Francisco, os seus monumentos com a cultura local a Mãe D'água do lado de Petrolina e em Juazeiro o Nego D'água como maior representante, porém, demorei três anos para poder ver o Nego D'água com água e infelizmente oscilou muito. Mas essa semana tive a felicidade de fotografar esse monumento de aproximadamente 12 metros de altura ocupando seu lugar nas águas do Velho Chico e para quem tem uma ligação com a natureza, com a água e com o Rio isso é maravilhoso em um período que as notícias são tão ruins o nosso rio, rio esse que todo Vale do São Francisco depende nos proporciona essa notícia maravilhosa", diz Alfredo.
Aliado a prática de remar o professor também faz mergulho nas águas do Velho Chico e ainda soma ao esporte a paixão por fotografias.
E foi neste quesito, fotografias, que esta semana, onde a natureza e o Rio São Francisco dão sinais de mudanças que as fotos de Alfredo Luiz de Andrade ganharam destaque nas redes sociais e meios de comunicação. Observador, Alfredo fotografou a estatua do Nego D'agua, localizado no Bairro Angari, em Juazeiro, Bahia, no mês passado, quando a seca do rio marcava a cena do monumento fora da água e as mais recentes, do Nego D'agua novamente dentro das águas.
Acompanhando o ritmo das águas Alfredo pretende ainda este ano montar uma exposição para compartilhar o seu amor pela geografia, fotografias, Rio São Francisco, vida aquática e esportiva.
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