Enquanto prefeitos de outros municípios cortam da própria carne para enfrentar a pandemia do Coronavírus, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, contrariando o seu próprio decreto de contenção de despesas e suspensão de atividades, nomeia cargos comissionados e aumenta a despesa de pessoal com a contratação de sobrenomes já conhecidos no município, garantindo emprego e renda a pessoas ligadas a nomes de sua base política denunciaram os vereadores da oposição por meio da sua assessoria.
Na lista de nomeações, constam nomes de familiares dos pretensos concorrentes às eleições municipais que ocupavam cargos comissionados e, por exigência da Lei Eleitoral, são obrigados a se desincompatibilizar. Irmãos, pais, filhos e cônjuges dos exonerados são nomeados para substituí-los, mantendo o cabide de emprego dos aliados políticos. Com essas nomeações, o prefeito desconsidera a crise e mantém seus apadrinhados políticos.
Nas portarias de exoneração e nomeação que foram publicadas no Diário Oficial do Município (DOM) entre os dias 31 de março e 03 de abril, o prefeito substitui o cargo exonerado pelo familiar nomeado no mesmo cargo de ocupação. Alguns nomeados são presenteados com um cargo comissionado, para abrir uma vaga para suplentes da Câmara Municipal.
Em contrapartida, em meio a tantas nomeações, no dia 03 de abril, foi publicada a Portaria nº 017/2020 que reduz a carga horária de professores temporários, e dos professores que estão em estágio probatório, sob alegação do estado de calamidade do município, fazendo cortes de gastos na Secretaria de Educação, punindo os professores, em detrimento da manutenção dos cargos comissionados e empregando várias pessoas sem necessidade para a administração.
Além dos professores, por meio da Portaria 02/2020, publicada no DOM do dia 03 de abril, a gestão municipal suspendeu o pagamento da gratificação do Programa Voluntário de Jornada Ampliada de Serviço-PVJES, paga aos Agentes de Trânsito que estão em atividade, cortou as horas extras e gratificações/comissões de alguns servidores do município, sob a mesma alegação de corte de gastos, como medidas de enfrentamento da crise provocada pela disseminação do Coronavírus (Covid-19).
Com essa medida adotada pelo Governo Novo Tempo, a corda arrebentou para os servidores, e mais uma vez protegeu seus apadrinhados políticos.
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