Fotos: Nova York, China e Vaticano
De tempos em tempos o mundo passa por nova experiência de conviver com uma tragédia de grande impacto provocada pelos históricos e destruidores vírus, que sempre trazem a dor, o sofrimento e a morte. São tão expressivos os seus efeitos negativos, diretos e indiretos, que fica difícil de mensurar - em paralelo às vidas perdidas -, as consequências sociais e econômicas que atingem a população e as instituições públicas e privadas.
Para uma melhor reflexão da crise que se abate sobre centenas de países em todo o mundo atingidos pelo vírus da atualidade, chamado de “Novo Coronavírus”, e que já começa a evoluir em nosso país por centenas de cidades, nada mais conveniente do que lembrar alguns números trágicos do passado, que servem de registro informativo para os mais jovens ou para mexer com a memória dos mais antigos:
Eis que chegamos à praga do dia – o Novo Coronavírus -, que causa angústia, ansiedade e preocupações a bilhões de pessoas em todo o mundo, MENOS AO NOSSO ATLETA E PRESIDENTE! No último sábado chegamos à marca de 600.000 pessoas infectadas e 28.000 mortes no mundo; no Brasil 3.417 e 92, e na Bahia 123 e sem nenhuma morte, respectivamente. Só entre a Itália, Espanha, Alemanha e EUA, já são 307.328 infectados e 15.538 mortos! Diante desse cenário, a afirmação do Presidente de que é uma “Gripezinha ou Resfriadinho”, demonstra uma lamentável falta de respeito às vítimas e aos seus familiares! Para uma Pandemia que se iniciou há 90 dias, fica a pergunta: até onde chegaremos?
Com dados sempre crescentes da tragédia e que no Brasil começa a se agigantar progressivamente, é estarrecedor ver o Presidente Bolsonaro na contramão da história, da razão e da realidade que aí está, desprezando todos os protocolos instituídos pelos especialistas de todo o mundo, coisa que só um míope não consegue enxergar! E, o pior, é desautorizar os membros da sua equipe de governo, principalmente o Ministro da Saúde, que é um médico e milhões de vezes mais conhecedor do assunto que o seu Chefe.
Em todo o mundo o afastamento social de todos foi a fórmula básica para conter o alastramento do vírus e no Brasil não pode ser diferente. Um discurso presidencial que enfatiza a prioridade econômica em detrimento das vidas humanas, ressalta uma grande insensibilidade e estimula indesejáveis conflitos entre autoridades. Isso pra não dizer do inevitável desgaste do líder maior da nação, que é o seu Presidente, embora a sua frase esteja coerente com o pensamento do Gov. Rui Costa (PT) que, em entrevista na Globo, também chamou o Coronavírus de uma “simples gripe”!
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público - Aposentado do Banco do Brasil – Salvador – BA.
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