Em meio à crise que envolve a pandemia do novo coronavírus, o governo federal fez um corte de 158.452 bolsas do programa Bolsa Família, o que contraria a promessa de ampliar o programa. O Ministério da Cidadania começou a pagar a folha de março na última quinta-feira (19).
Mais uma vez, o Nordeste foi a região mais afetada com os cortes. Dos mais de 158 mil, 96.861 (ou 61,1%) foram retirados da região que responde por metade dos benefícios do país.
O número de beneficiários é o menor do governo Jair Bolsonaro e o menor desde maio de 2017, quando o Bolsa Família teve a retirada de 543 mil bolsas, o maior corte da história do programa.
O ministério afirmou que a redução ocorreu porque 185 mil famílias ingressaram, mas 330 mil "se emanciparam" por apresentarem evolução nas condições financeiras, "ou seja, superaram as condições necessárias para a manutenção do benefício".
A pasta também afirmou que "vale lembrar que o número de beneficiários flutua a cada mês em virtude dos processos de inclusão, exclusão e manutenção de famílias".
Segundo dados da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS) enviados ao BN nesta sexta-feira (20), 1/4 dos benefícios cortados foram na Bahia.
Só no estado, 36.333 mil famílias tiveram o benefício cortado. As cidades mais impactadas são Salvador (3.896), Camaçari (768), Juazeiro (600), Feira de Santana (555) e Alagoinhas (515).
A nível regional, o Nordeste foi o mais afetado. Das 158.452 bolsas cortadas, 96.861 (ou 61,1%) foram retirados da região que responde por metade dos benefícios do país.
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