Os 1.888 passageiros do Cruzeiro Soberano, da Pullmantur, que deixaram o Brasil há 15 dias, rumo a Portugal, estão pedindo ajuda para sair da Europa e retornar para casa.
No grupo tem pessoas de Juazeiro, Bahia e Petrolina, Pernambuco que fizeram contato com a redação da redeGN. Jonilde Pereira da Silva, Dinair Brito Souza e Cleidemar Diamantino da Silva, professoras, estão entre os turistas.
Elas contam que "a situação é muito preocupante", ressaltando que o voo de retorno estava marcado para hoje, Lisboa/Salvador e que foi cancelado. "Só que estamos sem assistência nenhuma. Eles nada informam sobre o retorno".
Um grupo representando os turistas se reuniu em frente ao consulado brasileiro em Lisboa e fez um vídeo para expor a situação em que todos estão vivendo, sem ter onde ficar e como viajar de volta ao Brasil. “Estamos à própria sorte. A CVC não está nos dando suporte. As companhias aéreas não estão remarcando as passagens. Apesar de constar que a troca é gratuita no site da empresa, é preciso pagar 500 euros. E quem comprou um novo bilhete também não está conseguindo viajar”.
Ainda de acordo com o vídeo "falta máscara para proteção, alimentos, os hoteis já não aceitam os brasileiros e a única forma é a repatriação".
A grande maioria é de brasileiros que tinha planos de viajar pelo continente europeu antes de a epidemia do coronavírus se tornar uma pandemia. Sem ter como seguir viagem ou remarcar as passagens de volta, o grupo aguarda medidas do governo brasileiro e também um posicionamento da CVC, empresa da qual compraram os pacotes, para saber como serão acomodados até que a situação seja resolvida.
Devido a ameça do Coronavírus O cruzeiro, com origem em Salvador e Recife e Portugal como destino, foi impedido de atracar em Lisboa e os passageiros só conseguiram desembarcar em Cádiz.
A autoridade portuária da Baía de Cádiz informou que “trata-se de uma exceção à ordem aprovada pelo conselho de ministros na quinta-feira passada, pela qual se proibia o atraque de cruzeiros em qualquer porto do país até ao próximo dia 26 de março, devido ao risco de propagação do Covid-19”. Os passageiros foram impedidos de voltar a entrar no cruzeiro, e 50 ônibus os levaram a Lisboa. “Os veículos foram escoltados”.
Procurada, a CVC mandou o seguinte posicionamento: “O cruzeiro em questão é da companhia marítima Pullmantur, responsável pelo itinerário do navio Soberano, que teve sua rota alterada, devido às restrições das autoridades portuguesas. A agência de viagens CVC tem acompanhado de perto e atuado de forma ativa nas remarcações e embarques de passageiros para o retorno ao Brasil, independentemente do destino em que se encontram. Esse trabalho está sendo realizado em cooperação com as companhias parceiras, com o objetivo de atender nossos clientes com brevidade e segurança, considerando o cenário de reduções de voos internacionais e restrições de trânsito impostos por diversos governos ao redor do mundo.”
Em nota, o Itamaraty informou que os consulados e embaixadas do Brasil acompanham de perto a situação gerada por eventuais fechamentos de fronteiras por conta da pandemia de coronavírus, com especial atenção ao caso de turistas brasileiros no exterior. “Consulados e Embaixadas do Brasil permanecem à disposição para receber demandas dos brasileiros geradas por essa situação, sempre buscando prestar toda a assistência consular possível em cada caso concreto”, afirmou.
“Recomenda-se a todos os cidadãos brasileiros no exterior que mantenham a serenidade e observem estritamente as medidas determinadas pelas autoridades locais, e que, se necessário, busquem contato direto com o Consulado ou Embaixada do Brasil responsável pela região onde se encontram”, acrescentou o Itamaraty.
Confira o vídeo:
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