A deputada estadual Janaina Paschoal, do PSL-SP, disse nesta segunda-feira (16), em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa de São Paulo, que o presidente Jair Bolsonaro deve ser afastado do cargo por cometer “crime contra a saúde pública”.
Janaina, que abdicou do cargo de vice na eleição e se elegeu deputada estadual por São Paulo, uma das principais aliadas de Bolsonaro na campanha, fez um duro pronunciamento criticando a postura do presidente, que incentivou manifestações e ainda manteve contato com manifestantes no último dia 15, mesmo com recomendações das autoridades da área de saúde, para isolamento.
“Quando as autoridades têm o poder e o dever de tomar providências para evitar um resultado danoso, e assim não procedem, elas respondem por esse resultado. Isso é homicídio doloso. Será atribuído ao governador do estado de São Paulo, será atribuído ao presidente da República, principalmente ao presidente da República, porque o que ele fez ontem é inadmissível, é injustificável, é indefensável. É um crime contra a saúde pública. Ele desrespeitou a ordem do seu ministro da Saúde”, afirmou Janaina.
Janaina, uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma Rousseff (PT), sugeriu o afastamento de Bolsonaro e a ascensão de Mourão ao cargo: “Esse senhor tem que sair da Presidência da República. Deixa o Mourão, que entende de defesa. Nosso país está entrando numa guerra contra um inimigo invisível. Deixa o Mourão que é treinado para a defesa conduzir a nação. Não tem mais justificativa. Como um homem que está possivelmente infectado vai para o meio da multidão? Como um homem que faz uma live na quinta e diz pra não ter protestos vai participar desses mesmos protestos e mandam as deputadas que são paus mandados dele chamar o povo para a rua. Eu me arrependi do meu voto. Que país é esse? Como esse homem vai lá, potencialmente contaminando as pessoas, pegando nas mãos e beijando? Ele está brincando? Ele acha que ele pode tudo? As autoridades têm que se unir e pedir para ele se afastar. Nós não temos tempo para um processo de impeachment. Estamos sendo invadidos por um inimigo invisível e precisamos de pessoas capazes e competentes para conduzir a nação. Quero crer que o Mourão possa fazer esse trabalho por nós”, finalizou.
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