Servidores Municipais Aposentados de Petrolina lotaram a Casa Plínio Amorim na manhã da última quinta (05), durante sessão ordinária, para protestarem contra o Projeto de Lei n° 025/2019 do Executivo Municipal que prevê o aumento da alíquota previdenciária, mas, durante a sessão, a mesa diretora não concedeu voz aos aposentados na tribuna.
O Projeto de Lei chegou à Casa no mês de dezembro de 2019 com pedido de 'Urgência Urgentíssima' e apenas os vereadores da Bancada de Oposição votaram contra a proposta do Executivo municipal.
O vereador Paulo Valgueiro ressalta que a proposta é nociva e o prefeito de Petrolina Miguel Coelho quer empurrar goela abaixo no cidadão petrolinense, antes mesmo de vigorar no país.
"Nós chamamos a atenção dos colegas vereadores quando o projeto chegou aqui a toque de caixa para que não houvesse a discussão. Os servidores ativos e aposentados não tiveram o direito à participação na discussão para entenderem os malefícios do PL. O Governo Bolsonaro fez uma reforma ruim ao povo brasileiro, sacrificando ainda mais o povo brasileiro, e o Galeguinho (o prefeito de Petrolina) conseguiu ser ainda pior. Pensou: vou maltratar ainda mais o servidor de Petrolina na taxação da reforma nacional. Ele tinha a opção de começar a vigorar a partir de julho, mas preferiu começar logo em abril", disse Valgueiro durante a sessão de quinta.
Ainda segundo o vereador, o prefeito acredita que a memória do povo brasileiro é curta e, quando chegar no mês de outubro, os servidores ativos e aposentados de Petrolina já terão esquecido das consequências maléficas do Projeto de Lei.
"O governo Bolsonaro coloca uma taxação gradativa, quem ganha menos contribui com menos e quem ganha mais contribui com mais. Aqui não. Aqui é todo mundo igual. O pau que dá em Chico, dá em Francisco. É todo mundo 14%. Do Auxiliar de serviços gerais que ganha um salário mínimo até o auditor é taxado em 14% porque o galeguinho consegue ser pior de que Bolsonaro" frisou Valgueiro.
O Projeto de Lei encaminhado pelo prefeito Miguel Coelho prevê o aumento da alíquota previdenciária descontada do salário dos servidores municipais que saltará dos atuais 11% para 14%, a partir de abril de 2020. "Deixo aqui a minha indignação porque, antes de ser Vereador, eu sou Servidor Público Municipal" conclui Valgueiro.
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