Foi passar o carnaval para começar a se acentuar o burburinho e também a luta por um lugar na janela, caminhada rumo às eleições municipais de outubro. Em Juazeiro uma certeza, pelo que se desenha até o momento: a candidatura do prefeito Paulo Bonfim à reeleição, dando sequência ao projeto de liderança do ex-prefeito Isaac Carvalho, que está há 12 anos no poder.
O prefeito seguiu os passos de Isaac, deixou o PCdoB, se filiou ao PT, do governador Rui Costa, fechando portas para possíveis pretendentes no campo das esquerdas na Bahia, inclusive para filiados do próprio PT que se apresentavam como nomes disponíveis. A movimentação estratégica aniquilou os sonhos de muitos partidos da base governista na Bahia.
Ainda há quem acredite numa candidatura de oposição a Paulo Bonfim em partidos mais ao centro, com bom tempo de TV e algumas promessas de aporte financeiro, mas sem cravar a certeza de que terá legenda disponível no afunilar das discussões partidárias, em Salvador. As chances de ser rifado serão sempre maiores, já que a grande maioria, com exceção de Joseph Bandeira, não tem boletim de urna, são apostas e os interesses das cúpulas partidárias sempre prevaleceram, ao longo do tempo.
Nos partidos mais à esquerda, como PCdoB, PSB e PDT, as chances de um acordo com Rui Costa por outros espaços no estado não é menor, e é em Salvador que mora o perigo.
Para a oposição em Juazeiro, com garantia de apoio logístico e tempo de TV, sobraram legendas mais próximas de ACM Neto, que não nega o interesse em apoiar um nome de consenso no município.
É no consenso, no entanto, a grande incógnita: tem candidato demais, muita vaidade, sonhos pessoais, problemas jurídicos e interesses conflitantes que ainda devem causar muitas rusgas, prejuízos e atrasos nas decisões.
É nisso que Paulo Bonfim aposta.
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