O prazo para o início do envio da declaração do Imposto de Renda estrá próximo e é bom já separar a papelada e checar todos os documentos e exigências para não correr o risco de cair na temida malha fina.
Devido à falta de correção da tabela do IR, cada vez mais pessoas são retiradas da faixa de isenção e o número de contribuintes aumenta. A Receita Federal espera receber 32 milhões de declarações neste ano, um novo recorde. Em 2019, prestaram contas ao Leão 30,7 milhões de trabalhadores.
Apesar de o presidente Jair Bolsonaro ter prometido durante a campanha eleitoral acabar com essa injustiça e corrigir a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), neste ano, pelo menos, 1,3 milhão de pessoas devem incrementar o bolo dos contribuintes. O prazo de entrega dos documentos começa em 2 de março e termina em 30 de abril.
De acordo com o presidente do Sindifisco Nacional, Kleber Cabral, a defasagem média acumulada da tabela do Imposto de Renda está em 103,87%, considerando desde 1996. “A não correção da tabela do IRPF representa aumento da carga tributária, ano após ano, sobre os ombros dos assalariados. Mais de 11 milhões não deveriam pagar Imposto de Renda se houvesse a correção do IRPF pela inflação desse período”, destaca.
Mesmo quem ganha menos de dois salários mínimos será obrigado a declarar o IR. Pela regra atual, serão tributados em 7,5% todos os contribuintes com renda mensal superior a R$ 1.903,98, ou seja, 1,83 vez o piso atual, de R$ 1.045. Em 1996, quando o piso salarial era de R$ 112, em valores nominais, pelo levantamento do Sindifisco, quem recebia até nove salários mínimos não pagava IR.
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