Custódio Ferreira Sento-Sé, nomeado prefeito pelo “intendente” (governador) em 1926, fez uma transformação na Prefeitura Municipal – Gestão Pública. Montado em animal, andou elo interior, ouviu as pessoas, montou um “Plano de Trabalho”, para fazer realizações essencialmente sociais.
Passando pela Prefeitura Municipal, olhando a galeria de foto dos ex-prefeitos, e ao vê a do então prefeito, lembrei do livro “Sento-Sé Rico e Ignoto”, do saudoso defensor do social, Romualdo Leal Vieira, editado há mais ou menos 80 (oitenta) anos, onde aborda coisas do município, inclusive personalidades destacadas daquela época.
Dando os seguintes encaminhamentos: Foi a Juazeiro comprou máquina datilografia, armário contratou um contado; construiu Sistema de Abastecimento de Água; fez a sede da Polícia Militar; o primeiro Colégio; uma banca ligando a sede ao Porto Fluvial, evitando o isolamento com cheia do rio; pegou 22 ilhas usadas por famílias de melhor condição financeira e as dividiu entre os moradores das proximidades delas; criou Programa de Distribuição de Leite para Crianças Carentes.
Com o andamento das realizações ele foi chamado para explicar o que estava fazendo e que o acusaram de “Comunista”. Ao ser questionado, ele contou o que estava fazendo, em seguida o “intendente” (governador), disse: “Ou, se for assim eu também quero ser comunista”. Volte e siga o seu trabalho.
Romualdo não diz quantas gestões foram nessa linha, mas, provavelmente o Sistema de Organização Política Social no auge do coronelismo não permitiu algumas administrações daquelas introduzida por Custódio Ferreira Sento-Sé. Foi uma clara contrariedade ao pensamento conservador tradicional e uma pedagogia de estímulo a valorização ao social e o interesse público.
Laurenço Aguiar – Ligado na História.
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