Nos oito primeiros dias do mês de fevereiro de 2020, a cidade de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, registrou seis homicídios. Segundo a delegada seccional de Polícia Civil, Isabella Pessoa, os crimes não apresentam nenhuma conexão. As motivações vão desde o tráfico de drogas a crimes passionais.
Dois assassinatos ocorreram no primeiro domingo de fevereiro, dia 2. Um no bairro Gercino Coelho e outro um jovem de 24 anos foi assassinado a tiros no bairro São Jorge. Na segunda-feira, dia 3, Ercílio Freire dos Santos, de 52 anos, irmão do deputado Gonzaga Patriota, foi morto a tiros no bairro Antônio Cassimiro. No último sábado, dia 8, o corpo um homem foi encontrado na Orla de Petrolina e uma mulher foi morta a facadas no Vila Vitória. Na sexta-feira, dia 5, a vítima foi um homem no N-5 do Projeto Irrigado Senador Nilo Coelho.
De acordo com a delegada, as investigações estão no início. Quatro casos já foram encaminhados para a justiça e já foram elucidados com autoria. "As investigações estão no início e a Delegacia de Homicídios tem trabalhado insistentemente nos fatos para que a gente consiga uma resolução alta desses fatos. Importante falar que em 2019, a gente teve 70% de resolução dos Crimes Letais e Intencionais e a gente vai estar trabalhando para que em 2020, a gente tenha uma taxa similar ou maior que essa".
Para prevenir crimes, a Polícia Civil disse que está realizando ações integradas com a Polícia Militar."A gente teve duas operações integradas, que foi a Operação Força no Foco, que acontece mensalmente; e a Operação Impacto, para combater situações pontuais, que funciona aos finais de semana, com a Guarda Municipal, as polícias Militar e Civil. A gente age nesses bairros com maior incidência de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) com intuito de prevení-los".
A delegada ressaltou ainda a importância do registro das ocorrências por parte das vítimas."Os planejamentos são montados com a maior incidência dos registros e a gente consegue ter ações pontuais para evitar esses fatos".
O comandante do Batalhão da Polícia Militar de Petrolina, major Marcondes Ferraz, destacou que o planejamento das ações depende do registro das queixas das vítimas. "A comunidade deve manter o vínculo com as polícias sempre denunciando os atos ilícitos, prestando queixa na Polícia Civil, de forma que isso venha gerar um número estatístico, onde a polícia poderá focar em ações e operações montadas".
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