O zagueiro Antônio Eduardo Pereira dos Santos, Kanu, foi apresentado à torcida da Desportiva Juazeirense no dia 15 de janeiro com uma missão importante: conduzir a equipe na temporada em busca dos ambiciosos objetivos traçados pela diretoria: ser campeão baiano e recuperar vagas na Copa do Brasil, Copa do Nordeste e na Série D do Campeonato Brasileiro. O desafio não o amedronta. Vencedor por onde passou, o experiente zagueiro de 35 anos não teme os obstáculos e aposta no elenco para alcançar as metas planejadas.
Titular nos três jogos do Baiano, Kanu formou dupla de zaga com Júnior Gaúcho e Wendell e não economizou elogios aos companheiros: “São estilos diferentes, mas são muito bons” – afirma. Na última quarta-feira 29, Kanu enfrentou o Vitória, seu ex-clube, e fez valer a “lei do ex”, ao sofrer o pênalti que propiciou o gol de empate da Juazeirense, feito pelo meia Clebson.
Nesta sexta-feira 31, na reapresentação da equipe, o zagueiro recebeu a reportagem do site do clube e não se furtou a responder nenhuma das perguntas.
Acompanhe os principais pontos da entrevista.
Pergunta: Já se sente adaptado ao novo clube?
Resposta: Sim, totalmente. A cidade é agradável, e as pessoas me acolheram muito bem. Estou super feliz em estar aqui, e a Juazeirense está me dando total condições para fazer meu trabalho. Para mim, que tenho muitos anos de carreira, é uma experiência única e acho que temos condições de fazer um bom ano e conquistar todas as metas para 2020.
Pergunta: É a sua primeira experiência jogando numa equipe do interior. Qual a maior diferença em relação a atuar num clube da elite do Brasil ou da Europa?
Resposta: Eu joguei dez anos na Europa, disputei campeonatos nacionais e a Champions League, e posso garantir que jogar aqui é mais difícil.
Pergunta: O que faz jogar o campeonato baiano ser mais difícil do que a Champions League?
Resposta: A falta de estrutura e gramados da maioria dos estádios, principalmente no interior, é um dos motivos. Além disso, numa Liga, a maioria dos jogadores são considerados de alto nível, enquanto aqui a maioria ainda está em busca do seu espaço, do seu sonho.
Pergunta: Antes, jogador passar dos 30 anos era praticamente final de carreira. Hoje, é natural até nas melhores seleções jogadores acima dessa idade. O que mudou no futebol?
Resposta: Realmente esse conceito mudou. Antes, se encerrava a carreira ao chegar aos 30 anos. Hoje, não, muitas estrelas dos grandes times estão com idade acima dessa faixa. Eu, particularmente, sempre me cuidei porque queria ultrapassar essa barreira jogando em alto nível. Não faço planos para o futuro, mas continuo me cuidando para não decepcionar aqueles que confiam em mim.
Pergunta: Qual o legado que você pretende deixar na passagem pela Juazeirense?
Resposta: Eu quero fazer história na Juazeirense. O grupo é bom, mesclado de jogadores jovens e experientes que gostam de trabalhar. Mesmo com o pouco tempo que tenho aqui, procuro ajudar dentro de campo com a minha experiência orientando, dando o exemplo, cobrando responsabilidades, esse é o meu papel. Quando eu decidi aceitar o convite do presidente Roberto Carlos e do diretor Serginho, avisei que não viria a passeio, eu queria entrar para a história do clube. Não quero ser mais um jogador que passou pela Juazeirense. Em todos os clubes que joguei, deixei meu nome marcado por conquistas e aqui não quero que seja diferente.
Pergunta: Como você analisa os três primeiros resultados no campeonato?
Resposta: Claro que é pouco tempo, são apenas três jogos, mas as coisas vêm passo a passo. A primeira vitória não veio ainda, mas virá, com certeza. O campeonato é curto e precisamos pontuar para colocar o time entre os classificados. Depois, nós vamos buscar coisas maiores.
© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.