Febre, tosse e dificuldade para respirar. Esses são sinais comuns de gripes ou pneumonias, mas que também podem ser sintomas clínicos do novo coronavírus, que foi detectado inicialmente na cidade de Wuhan, na China, no fim do ano passado.
O vírus vem se alastrando por outros países tem causado preocupação para a Organização Mundial da Saúde, que declarou, nesta quinta-feira, 30, situação de emergência global. Segundo o MS, o Brasil está preparado para prestar a assistência necessária à população, em eventual necessidade caso incida a contaminação pelo coronavírus no país.
As Secretarias Estaduais de Saúde definiram 47 hospitais de referência para possíveis atendimentos de casos graves, caso aconteçam, sendo quatro da Rede Ebserh: o Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM-UFMT/Ebserh), em Cuiabá (MT); o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS/Ebserh), em Campo Grande; o Hospital Universitário João Barros de Barreto (HUJBB-UFPA/Ebserh), em Belém (PA); e o Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB/Ebserh), em João Pessoa (PB). O cadastro desses hospitais não inviabiliza a assistência de outros hospitais da Rede a pacientes com suspeita do coronavirus, caso surja uma emergência nos locais e não exista outra unidade de referência na região.
O diretor de Atenção à Saúde da Rede Ebserh, Giuseppe Gatto, ressaltou que o trabalho integrado entre as instituições de saúde é fundamental para minimizar possíveis impactos em caso de surto do coronavírus no Brasil. "É importante a Rede Ebserh trabalhar em conjunto com as redes locais de saúde. Não é um esforço individual, mas coletivo. A administração central da empresa está trabalhando em parceria direta com o Ministério da Saúde, se integrando desde o começo dos esforços para acompanhamento e avaliação do vírus no país", disse.
No Brasil, até às 12h de quarta-feira, 29, o Ministério da Saúde (MS) recebeu a notificação de 33 casos para investigação de possível relação com a infecção humana pelo novo coronavírus, sendo 24 descartados e nove ainda sob investigação. De acordo com o MS, as investigações sobre transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato, já foi registrado em outros países, além da China.
A contaminação pode ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo (como toque ou aperto de mão), contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos. O vírus pode ficar incubado por duas semanas, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.
Não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano. A indicação é repouso e consumo de bastante água, além de medidas adotadas para aliviar os sintomas como o uso de medicamento para dor e febre. Mas os médicos alertam que é fundamental procurar ajuda médica logo que aparecerem os primeiros sintomas para iniciar o tratamento, se for confirmado o diagnóstico.
Mas cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus, devem ser adotadas. Entre as medidas estão evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas, lavar frequentemente as mãos, utilizar lenço descartável, cobrir nariz e boca com a região do cotovelo quando espirrar ou tossir, evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca ou não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas.
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