A Comissão de Apoio ao Paciente foi criada no Hospital Dom Malan/IMIP de Petrolina em setembro do ano passado e, desde então, tem apresentado bons resultados, principalmente no que diz respeito à humanização do serviço. Tudo começou com uma inquietação de Fátima Michelle, que é a coordenadora de enfermagem e mentora do projeto. “Nós percebemos que, na maioria das vezes, o problema das queixas não estava na assistência, mas na falta de uma informação mais detalhada, ou de um cuidado mais personalizado. Então, pensamos em uma maneira de sanar isso. Daí nasceu a comissão”, esclarece.
O papel desta comissão, inclusive, é bem abrangente e envolve praticamente todas as gerentes. “O grupo indica treinamentos a partir de um levantamento de dados gerados por meio de questionários aplicados nos setores que são porta de entrada, faz rondas, reuniões colegiadas e gera relatórios”, pontua Fátima entre as principais funções.
“Digamos que a comissão é o olho da população dentro do serviço. Ou seja, são essas pessoas que avaliam e otimizam a comunicação entre profissionais e pacientes no HDM. No questionário aplicado semanalmente, por exemplo, nós conseguimos saber se os profissionais estão se apresentando, se estão passando as informações necessárias e se estão explicando quais são os procedimentos e os próximos passos do usuário”, complementa.
Em 5 meses, mais de 1.100 pessoas já foram entrevistadas e o índice atribuído ao atendimento como bom/satisfatório fechou numa média de 93%. “Os números expressam essa melhora e uma humanização bem mais intensa. Então, estamos felizes com o resultado. Afinal, tudo aqui é feito pensado no paciente”, justifica a coordenadora.
Para a enfermeira gerente do Alojamento Canguru, que também é a presidente desta comissão, Ingrid Melo, o sucesso do projeto é sentido na ponta. “Os relatos dos profissionais que trabalham nas portas de entrada falam por si. Eles perceberam que faz toda a diferença chamar a mãe pelo nome, que se apresentar e dizer o passo a passo não só é importante, como muitas vezes acalma e transmite segurança. Então, o saldo tem sido o melhor possível”, garante.
Quem também sentiu o impacto foi Cleonice dos Santos Moura, que teve seu quarto bebê este mês no hospital. “Tive todos os meus filhos aqui e só tenho elogios a fazer. Dessa vez percebi os profissionais mais atenciosos e me senti muito bem com isso. Porque a gente já vai para um hospital tenso. Chegar no local e não receber a informação que precisa é muito ruim. Por isso, essa comissão, que é de apoio ao paciente, merece todo o nosso reconhecimento”, finaliza.
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