A saída do prefeito de Juazeiro, Paulo Bomfim, do PCdoB, nesta última semana, seguindo os passos do ex-prefeito Isaac Carvalho, que já havia feito o mesmo roteiro se filando ao PT, deixaram duas coisas muito bem claras: o tamanho eleitoral do partido comunista diminuiu no estado, perdendo uma das poucas prefeituras que ainda mantinha e sepultou de vez o sonho de candidatura a prefeito dos petistas Ana Angélica e Gaspar Júnior.
Para o PT tudo bem. Ganhou uma prefeitura sem disputar a eleição e ainda tirou do PCdoB um dos seus trunfos para negociar espaços no cenário estadual, a exemplo de Salvador. Em eleições anteriores o PCdoB usava o peso de ter a prefeitura de um grande colégio eleitoral do estado para ocupar espaços no governo e garantir seus espaços eleitorais em outros municípios.
Há quem aposte que desta vez o PCdoB vai reagir. Há quem duvide. uma das saídas seria a manutenção de candidatura própria em Salvador e cidades onde tenham lideranças confiáveis, como é o caso de Juazeiro.
Embora o deputado Zó ainda não tenha se manifestado publicamente sobre o que pensa da saída de Paulo Bonfim, quem o conhece sabe que ele, pela sua trajetória, não é de contrariar decisões partidárias e o PCdoB tem todo direito de tentar manter seu espaço político para não sair definitivamente das manchetes, por aqui. A dúvida é se tem coragem.
No PT, em Juazeiro, por sua vez, prego batido, ponta virada, cargos requisitados e resmungos de bastidores, nada mais que isso.
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