Os alunos da rede pública e do setor privado tiveram praticamente o mesmo desempenho em matemática durante o ano letivo de 2019. Segundo levantamento exclusivo na plataforma Matific, sistema de jogos matemáticos utilizado em milhares de colégios brasileiros, do primeiro ao sexto ano do ensino fundamental, as notas acima da média ficaram entre 83% (público) e 91% (privado) no País.
O estudo foi feito com base no desempenho de cerca de 1,5 milhão de alunos dentro da plataforma e considerou o volume de erros e acertos apresentados pelos estudantes de 5 a 12 anos nas atividades digitais aplicadas em salas de aula.
Os jogos pedagógicos estão alinhados ao novo currículo nacional, chamado de Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e aos principais livros didáticos de matemática. Com cerca de 600 planos de aula, além de relatórios de desempenho de forma automática, individual e em tempo real, a plataforma permite ainda que colégios e professores apliquem a BNCC em sala de aula e sigam um currículo único, com conteúdos essenciais e desenvolvimento de competências e as habilidades nos alunos.
De acordo com o levantamento da Matific, das cerca de 5,3 milhões de atividades desenvolvidas em 2019, a nota máxima foi obtida em 40% dos casos na rede pública e em 54% no ensino privado. O desempenho abaixo da média foi de 17% nos colégios públicos e 9% nas escolas privadas. No total, participaram do estudo aproximadamente 19 mil turmas e 12 mil professores.
“Ensinar matemática por meio da gamificação substitui a visão negativa de que a disciplina é chata e difícil. A tecnologia educacional, quando bem aplicada e alinhada ao pedagógico, é uma grande ferramenta para os educadores e, ao mesmo tempo, se aproxima da realidade de uma geração que está acostumada com os sistemas digitais”, comenta Dennis Szyller, CEO da Matific Brasil.
Para a psicopedagoga Ana Carmagnani, Diretora de Operações da Matific Brasil, o estudo mostra um cenário de transformação do ensino da matemática no Brasil. “As novas tecnologias e os jogos digitais promovem uma aprendizagem mais profunda, pois, além de engajar os alunos em situações cotidianas, estimulam a curiosidade, o raciocínio lógico e o gosto pela descoberta, tudo em um ambiente lúdico e interativo”, comenta Ana Carmagnani.
“Se o ensino da matemática ficar baseado apenas em decorar e memorizar, os alunos certamente terão desempenho sempre abaixo da média”, acrescenta. Ana lembra ainda que os jogos educacionais fornecem aos professores dados de desempenho de seus alunos em tempo real. “Isso permite que o professor personalize as atividades de acordo com o momento de aprendizagem de cada aluno”, conclui.
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