No próximo dia 11 de janeiro, na Policlínica da Univasf, acontecerá o primeiro mutirão de detecção da hanseníase. A ação é organizada pelo Colegiado de Medicina da Univasf, com o apoio do Hospital Universitário.
O mutirão será em alusão à campanha “Janeiro Roxo”, que tem o objetivo de alertar a população sobre a gravidade da doença e a necessidade do diagnóstico e tratamento precoces, além de contribuir para a redução do preconceito.
As pessoas com suspeita da hanseníase poderão procurar a Policlínica, localizada na rua André V. de Negreiros, s/n, bairro Maria Auxiliadora, das 8h às 13h. Os pacientes serão triados por profissionais de saúde da universidade e pelos estudantes de medicina, aqueles que apresentarem sinais da doença serão atendidos pelos médicos dermatologistas.
Os sintomas mais comuns da hanseníase são: manchas claras, rosadas ou avermelhadas no corpo, geralmente com diminuição ou ausência de sensibilidade ao calor, frio ou ao tato. Também podem ocorrer caroços na pele, dormências, diminuição de força e inchaços nas mãos e nos pés, formigamentos ou sensação de choque nos braços e nas pernas.
A dermatologista e hansenologista Tânia Moreno chamou a atenção para o grande número de casos detectados no país, em média são 30 mil por ano, segundo o Ministério da Saúde. “Cerca de 90% dos diagnósticos da doença, nas Américas, são encontrados no Brasil. E o Nordeste tem seis vezes mais casos do que o tolerável”, contou a médica.
Os sinais da doença costumam acometer os braços e as pernas, mas também podem ser vistos em outras partes do corpo. É importante ressaltar que a hanseníase não é transmitida por simples relações de toque, ela se instala em pessoas com baixa imunidade após a exposição à tosse ou espirro de pessoas já infectadas.
A doença tem cura e deixa de ser contagiosa quando o paciente inicia o tratamento, que é disponibilizado pelo SUS.
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