A jornalista Elizete Rodrigues resolveu prestar uma grande homenagem ao artista Maurício Dias (Mauriçola) nesta quinta-feira, 19 de dezembro, exatamente quando o Superintendente de Cultura do Município completa 64 anos. Confira:
19 de dezembro de 1955. Salvo engano, estamos no mesmo dia e mês, mas, de um estranho ano de 2019. Sessenta e quatro anos se passaram? Ou o tempo nos pregou uma boa peça? Saltou pelos emaranhados caminhos da vida, tal como uma criança brinca de esconde-esconde, e, de repente, aparece e diz " estou aqui, passei como um relâmpago e vocês só perceberam a claridade". Não o vimos, oh tempo, perdoe-nos, mas, percebemos a sua claridade e ela, ficou pondo em evidência aquilo ou aqueles que naturalmente têm cor e essência para absorvê-la.
Recentemente, li no face uma declaração sua: "Difícil ser Maurício..." Refleti um pouco, com certa estranheza, e terminei concordando com você. Atravessamos um período na história deste País de perfeita perplexidade, de desencanto e frustrações; uma obscuridade que, embora não atinja todos, mas, veste de sombra uma maioria.
A esta incomoda o feixe de luz que irradia daqueles outros, reflete com intensidade na retina e cega, embotando o cérebro e o coração. O feixe de luz expulsa essa maioria da reconfortante, porém, medíocre zona de conforto.
Você, querendo ou talvez até sem querer, incomoda essa gente, pois tira-a da zona de conforto. Você tem história, tem inconformismo que transforma o que é trivial em algo significativo. Você tem criatividade, tem emoção, tem brilho e isso o torna diferente, às vezes Maurício, outras, Mauriçola, mas, uma só pessoa.
Sessenta e quatro anos são para ser cantados, dedilhados nas cordas sonoras do violão. São uma vida que se torna mais vida em uma só canção: " Parabéns pra você..." Um beijo, meu irmãozinho querido, um abraço forte, carinhoso.
Elizete Rodrigues, sua irmã
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