O vereador Gabriel Menezes defendeu o requerimento nº 418/2019 de sua autoria solicitando do prefeito de Petrolina Miguel Coelho esforços junto ao Governo Federal, através do DNIT, a revisão do trecho da BR 428, compreendido entre as Avenida Sete de Setembro e a Avenida Perimetral Transnordestina, possibilitando uma permuta para a correção das inúmeras falhas na execução da duplicação da Av. Sete de Setembro, como a ausência de ciclovia e a instalação da parede central, causas de acidentes fatais e prejuízos ao comércio local.
No documento, o vereador justificou que o local é propício para levar desenvolvimento, com geração de emprego e renda, e há uma necessidade de otimizar o fluxo de veículos pesados no perímetro urbano; uma vez que muitos desses só utilizam a Avenida Sete de Setembro como ligação a outra rodovia, assim como a importância de duplicar a Avenida Perimetral Transnordestina, com um projeto moderno e arrojado, uma vez que a via dispõe de espaço suficiente para tornar-se BR e, principalmente, oferecer segurança e condições dignas de trafegabilidade, pondo um fim ao histórico de acidentes fatais no trecho.
Mas alguns vereadores da bancada do prefeito não aceitaram a solicitação e além de reprovarem o pedido, criticaram os vereadores da Bancada de Oposição que foram solidários ao requerimento de Menezes. Os vereadores situacionistas até jogaram a culpa da obra ‘mal feita’ para o Governo Federal esquecendo da tão propagada ‘Força Política’, que o prefeito tem junto aos seus irmãos deputados e do seu pai senador, todos aliados do presidente da República Jair Bolsonaro.
Antes mesmo de ser apresentado o requerimento, o vereador Alvorlande Cruz pediu destaque e para sair em defesa do seu grupo político atacou o vereador oposicionista, chamando-o de fraco e incompetente, comportamento que obrigou o presidente da mesa diretora em exercício, Ronaldo Cancão, interferir e pedir respeito a Casa Legislativa.
A vereador Cristina Costa aproveitou a oportunidade para relembrar sobre uma reunião com o DNIT no mês de setembro, onde o representante do órgão assegurou que a Prefeitura de Petrolina não consultou o DNIT para realizar a obra da Avenida Sete de Setembro. “O engenheiro do DNIT Eduardo disse na presença de representantes da AMMPLA, do Seinfra e de outros órgãos do município, que a obra não passou pelo órgão, que a obra foi executada nas carreiras, e a prefeitura pediu agilidade para fazer. Na reunião, o DNIT deixou claro que a Prefeitura não ouviu o órgão para realizar a obra na Avenida Sete de Setembro”.
Gilmar Santos citou o risco dos ciclistas e pedestres que trafegam pela Avenida, conhecida como estrada da morte. “Muitos ciclistas utilizam o veículo e trafegam pelo trecho que visivelmente apresenta riscos, e não podemos aceitar uma obra mal feita de cabeça baixa sem defender os interesses dos cidadãos petrolinenses”, disse.
O líder da Bancada de Oposição Paulo Valgueiro acrescentou que muitos vereadores se fazem de desentendidos ou mudam o foco das solicitações da Bancada de Oposição para fazer jogada política. “Os argumentos dos vereadores do prefeito não tem nada a ver com a solicitação do colega Gabriel Menezes, que ouviu o clamor dos moradores e comerciantes do trecho. É de conhecimento de todos que por ali transitam, os riscos de acidentes, mas parece que o trecho é zona morta para a gestão municipal”.
“Era apenas um requerimento pedindo a revisão da obra que foi inaugurada há pouco mais de uma ano, e já ceifou tantas vidas. Um trecho perigoso que tem várias falhas na sua execução e as famílias não podem mais perder gente querida por irresponsabilidade do poder público”, finalizou Gabriel Menezes acrescentando que para pedir a revisão do Código de Obras não precisa ser engenheiro. “Basta saber dos riscos e ter dados alarmantes de acidentes, inclusive fatais na via”.
A obra de duplicação da Avenida Sete de Setembro não foi contemplada com a instalação de ciclovia, de iluminação, e acostamento, essenciais para aumentar a sensação de segurança da via.
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