A ação teve apoio do Hospital Universitário
Aconteceu, no último sábado (07), na Policlínica do HU, um mutirão de atendimentos para avaliação de lesões suspeitas de câncer de pele. A ação faz parte da campanha Dezembro Laranja, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), para combater a doença. O Hospital Universitário apoia e colabora com a causa desde o ano de 2016.
O mutirão contou com a participação voluntária de 11 dermatologistas, quatro cirurgiões, além de residentes e estudantes. Mais de 250 pessoas passaram pelas consultas, 50 delas apresentaram lesões compatíveis com o câncer e 25 foram submetidas, no mesmo dia, a procedimentos cirúrgicos para tratamento. Os outros pacientes já estão com suas cirurgias agendadas.
As altas temperaturas e o sol forte são comuns na cidade de Petrolina-PE. Estes fatores, atrelados à exposição solar sem proteção, podem provocar o desenvolvimento do câncer de pele. A doença é a mais comum entre todos os tipos de câncer.
Foi a preocupação com as manchas que surgiram no rosto, há algumas semanas, que fizeram o marceneiro João Batista da Silva procurar atendimento no mutirão. Ele conta que não tinha o hábito de usar protetor solar, mas agora aprendeu a lição. “Realmente nunca tomei muito cuidado com a pele e não usava protetor. Depois que apareceram essas manchas escuras fiquei com medo e agora passei a colocar todos os dias”, contou.
Mais sobre o câncer de pele
O câncer de pele ocorre quando as células se multiplicam sem controle. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, 135 mil novos casos da doença.
Pessoas que tomaram muito sol ao longo da vida sem proteção adequada têm um risco maior de desenvolver a doença. Isso porque a exposição solar desprotegida agride a pele, causando um crescimento anormal e descontrolado das células que a compõem. Essas alterações celulares podem levar ao câncer.
Existem três tipos de câncer de pele:
Carcinoma basocelular (CBC) – É o mais comum entre os tipos de câncer de pele. Costuma surgir em regiões mais expostas ao sol. Tem baixa letalidade, e pode ser curado em caso de detecção precoce.
Carcinoma espinocelular (CEC) – Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol. É duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres. A exposição ao sol não é a única causa do CEC, pois, alguns casos da doença estão associados a feridas crônicas, cicatrizes na pele e exposição a agentes químicos ou à radiação.
Melanoma – É o tipo menos frequente de câncer de pele. Segundo o INCA, o melanoma tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. A detecção precoce aumenta as chances de cura em mais de 90%. Por isso, é importante observar a própria pele constantemente e procurar imediatamente um dermatologista caso detecte qualquer lesão suspeita.
Pessoas de pele clara têm mais risco de desenvolverem a doença, que também pode manifestar-se em indivíduos negros, ainda que mais raramente. O melanoma tem origem nos melanócitos, as células que produzem melanina, pigmento que dá cor à pele. A hereditariedade também desempenha um papel central no desenvolvimento desse câncer.
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