Às vezes, sou intempestivo numa trincheira vazia na defesa de Juazeiro contra si mesma .Nunca discuti ou briguei com nenhum petrolinense, no deserto deste embate de comparações desnecessárias entre duas histórias, duas cidades diferentes. Uma geopolítica encravada ao longo de muito tempo.Petrolina maior, sempre soube o tamanho da sua grandeza e sempre soube respeitar os valores humanos de Juazeiro..os verdadeiros valores de Juazeiro.
Ganhei festivais em Petrolina e nenhum na minha terra. Aliás, venci uma etapa do " Canta Bahia" da rede Bahia de televisão e amarguei desclassifições frias. Quinta-feira (05) Adalberto Coelho disse que Petrolina é de todos que chegam para trabalhar e prosperar "aqui não existem forasteiros". Pois é, eu fui o vencedor do concurso nacional para escolha do hino do centenário de Petrolina em 1995, Fernando Bezerra Coelho prefeito.
Logo eu, um filho de Juazeiro desetemperado, como um "incauto" e desterrado ufanista de mim mesmo. Quinta, numa noite luminosa, diante da família Coelho, do deputado federal Oswaldo Coelho e uma plateia apaixonada por Petrolina (fizeram um silêncio como se fosse João Gilberto cantando no Japão) cantei o hino, travei minha voz, tremi de emoção diante da emoção de todos que lotavam " o solar" da família na Petrolina antiga. Fui muito aplaudido e festejado.
Cantei ao lado dos filhos, da viúva Dona Ana Maria Coelho do irmão Adalberto e netos do deputado Oswaldo, no lançamento de um livro em sua homenagem, escrito por um jornalista de Brasília.
Vou dizer mais o quê?
Atravessei a ponte e na JR com alguns amigos, bebi cerveja e não briguei mais.
Petrolina me deu uma noite de paz.
Fui levado pelo poeta jornalista Carlos Laerte e Carlos Britto estava lá, na minha vibração.
Maurício Dias - Mauriçola
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