Os percursos feitos em diferentes lugares do mundo, além de memórias, também podem se tornar objetos de arte. É o que mostra a exposição Revoares, do artista paranaense Edson Macalini, como produto de suas andanças pela região Amazônica. O trabalho chega à Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina (PE), a partir desta segunda-feira (9). A exposição acontecerá na Reitoria, localizada no Campus Sede, e estará disponível durante dois meses, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. A visitação é gratuita.
A exposição é composta pela instalação Passarada, trabalho que inclui 3,3 mil aves que ocupam grande parte do espaço expositivo. Essas imagens tratam-se de um desdobramento e multiplicação da anterior Rê-voada, 33 desenhos realizados por Macalini a partir de ficções e criações próprias. Essas produções surgiram a partir de um trabalho de coleta realizado pelo artista em estradas, igarapés, lagoas e rios da grande floresta amazônica durante o período em que morou na Ilha de Parintins, no estado do Amazonas. A confecção dos pássaros, então, aparece como um resultado de histórias e lendas contadas pelos moradores da região.
Revoares é uma realização da Diretoria de Arte, Cultura e Ações Comunitárias (DACC) da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), e fecha a programação de exposições de 2019. De acordo com Edson Macalini, que também é docente do curso de Artes Visuais da Univasf, expor em uma universidade também é uma forma de ampliar o território de participação do artista. "E a DACC, em sua função institucional, tem proporcionado essas partilhas de maneira horizontal, portanto, acredito que meu trabalho, por ter sido pensando numa universidade, possa colaborar na produção de conhecimento", conta.
Além disso, Revoares marca a continuidade da parceria entre a DACC e o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) da Univasf, iniciada em julho com a exposição Mundo Flutuante, disponibilizando recursos de áudio-descrição e imagens em alto relevo, além de textos em Braille. "Esta parceria entre DACC e NAI surge no sentido de unir forças para proporcionar a acessibilidade das exposições, para que estas não se limitem às experiências visuais", explica o diretor de Arte, Cultura e Ações Comunitárias da Univasf, Thiê Gomes.
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