Nós, Partidos Políticos e Movimentos Sociais da região do Vale do São Francisco, vimos em nota repudiar a ação violenta praticada pelo estado brasileiro contra as 700 famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) acampadas nos assentamentos Abril Vermelho em Juazeiro e acampamento Irmã Dorothy Irani de Souza na região de Casa Nova. Famílias que tornaram uma área antes destinada apenas a monocultura e a especulação do agronegócio em um espaço agroecológico produtivo e de auto sustento.
Essas famílias trabalhadoras não só tiveram seus direitos sociais violados, mas também foram acusadas de forma caluniosa, em Nota pela Codevasf, de que suas atividades desenvolvidas na área produtiva por elas geram prejuízos ambientais e econômicos à mesma. Não bastasse a ofensa descabida às centenas de famílias, a Codevasf demostra total desconhecimento acerca dos propósitos das/dos Camponesas/es sem terras na região e em território nacional, que é de: ocupar e produzir, com respeito ao meio ambiente, onde a terra cumpre a sua função social e produz alimentos saudáveis.
Esperávamos uma outra postura de uma empresa estatal: a defesa das/dos mais necessitadas/os e do povo trabalhador do campo. No entanto, é pedir demais para o Governo Federal, que se apresenta nesse novo formato truculento e com a lógica de proteção e financiamento apenas dos grandes empreendimentos agrícolas, que tivesse uma postura de proteção das/dos que sempre foram oprimidas/os e marginalizadas/os na história brasileira. O Governo Bolsonaro abomina a Reforma Agrária e ainda incentiva a violência no campo sem entender que somente a justa distribuição de terra será capaz de proporcionar vida digna às famílias das/dos pequenas/os agricultoras/es que não tem onde plantar e tirar seu sustento.
A iniciativa em curso está sendo promovida a partir da ação do agronegócio na região em especial de setores da fruticultura irrigada, que não tem compromisso com a classe trabalhadora e muito menos com a nossa fauna e flora. Acreditamos que o governo federal precisa ter um posicionamento político que defenda os direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores, pois como já é de ciência da sociedade em geral, o MST sempre esteve comprometido com a produção de alimentos saudáveis e com a promoção da dignidade humana a partir do acesso à terra e da Reforma Agrária.
A defesa dos direitos, da soberania popular e da Democracia são elementos básicos para a construção de uma sociedade justa e igualitária.
Pátria Livre, venceremos!
MAB
PCB
PT
UNEGRO
CONSULTA POPULAR
PCDOB
PSOL
CTB-REGIÃO NORTE
SINERGIA
MPJ em Disparada
União da Juventude Socialista - UJS
STR - Juazeiro
Movimento Anti-Racista do Vale MAR
Levante Popular da Juventude
Sindicato dos Bancários - Juazeiro Bahia
Secretaria Operativa do Fórum de Formação Sindical do Sertão PE/BA
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