De um lado pesquisadores, mestrandos e alunos da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) campus III, do outro crianças e adolescentes das escolas Municipal Mandacaru e Professora Laurita Coelho descobriram que o mundo em que eles habitam podem ser compartilhados no dia-a-dia. Através dessa união, a mostra de Ciências em Cena: Saberes, tecnologias e sua popularização" demonstrou que o conhecimento científico é o principal motivador para reunir universidade e escola pública.
Coordenada por docentes do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) e apoio do Departamento de Ciências Humanas (DCH), o evento, realizado nos dias 05 e 06 de novembro, contou com uma programação repleta de atividades e divulgação científica para os alunos e 180 crianças e jovens da rede básica de ensino em um espaço que também pertence a eles. O resultado não poderia ser diferente. O contato com a universidade proporcionou às crianças uma aula de conhecimentos, oportunidades e despertou o prazer de entender a ciência produzida na Universidade do Estado da Bahia e no vale do São Francisco. A aluna Isabela, da escola Laurita Coelho, de 10 anos, mostrou-se encantada com a visita e com a possibilidade de " descobrir coisas novas e saber como é uma faculdade".
Para a coordenadora do evento, a professora Lígia Borges Marinho, a mostra visa trazer para as instituições educacionais um conceito amplo e dinâmico de educação contextualizada e busca na popularização da ciência conquistar esse espaço de aproximação com a educação básica. "Os saberes das ciências e a tecnologia não têm que está distante da comunidade. Aproximar a criança da universidade é mostrar que ela faz parte disso também", declara.
Na mostra também teve espaço para a interação com a leitura, a criatividade e a imaginação por meio da contação de histórias e oficina de leitura imagética. Professores e colaboradores do Departamento de Ciências Humanas (DCH) trouxeram consigo o olhar pedagógico como forma de cativar a atenção das crianças e estimular novas formas de aprendizagem. Em círculo, as crianças aprendiam sobre o respeito pelos animais e a natureza, ao passo que se divertiam com histórias contadas pelos docentes.
"Eu falo da infância, então a importância maior é unir a comunidade infantil com a universidade. Trazer a contação de história para este evento e dialogar com essas crianças da comunidade é o que eu acho mais importante", salienta Adriana Campana. Mas o conhecimento não ficou apenas na leitura, eles tiveram oficina de como usar o vídeo como uma ferramenta de divulgação científica.
Os alunos das escolas também puderam conhecer parte das pesquisas realizadas no Departamento de Tecnologias e Ciências Sociais (DTCS) desenvolvidas por alunos sobre as variadas vertentes da agronomia. Eles puderam fazer a trilha ecológica no campus com variedade de flores nativas da caatinga e que mantém as margens do rio são Francisco preservadas, como a ingazeira ou ingá, que serve como proteção ao rio e também de alimento aos peixes.
Novas tecnologias e as experiências agroecológicas do Centro de Agroecologia, Energias Renováveis e Desenvolvimento Sustentável (CAERDES), foram demonstradas aos alunos. Lá eles puderam ver como é feita a preparação do solo e ainda viram amostras de sementes e plantas. Também foram apresentados aos alunos os avanços das pesquisas cientificas ao longo dos anos e como elas têm contribuído para o desenvolvimento regional.
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