Hoje, dia 7 de novembro, comemora-se o DIA DO RADIALISTA. Aquele que você ao acordar cedo, liga o seu receptor de rádio e ouve aquela "voz informativa", também aquele que à tarde ao ligar o seu receptor, ouve aquela "voz amiga" e, à noite, uma voz "envolvente". Sim, são essas dádivas presenteadas pelo nosso Criador é que faz o radialista um ser íntimo e ao mesmo tempo distante. Certamente eles gostam muito de ser discretos, apenas deixando se "ouvir", não são muito amigos das câmeras, ao contrário de termos alguns grandes apresentadores de TV "nascidos no berço esplêndido" do rádio! Apesar da primeira transmissão radiofônica oficial no Brasil ter ocorrido em 1922, no estado do Rio de Janeiro, a profissão foi regulamentada apenas em 1978, pela lei 6.615.
Além das transmissões de notícias e locuções esportivas pelo rádio, o radialista acaba desempenhando diversas outras funções dentro do setor de trabalho, podendo ser responsável, ainda, pelas áreas de direção, roteiro, criação, entre outros. São vozes escondidas que te dão a visão de um mundo bem explícito. Eu, particularmente posso dizer que tudo que consegui foi através da Música Popular Brasileira e também do rádio. Uma das maiores habilidades de um radialista é a de prender a atenção do ouvinte, mantendo-o atento ao programa de entretenimento, exatamente como estou mantendo você firme nessa leitura até aqui. Para isso, o radialista deve inovar, fazendo uma boa narração de uma notícia do dia, dando-lhe a seriedade necessária.
No meu caso – quem me ouve sabe muito bem disso – procuro chamar atenção do ouvinte através da edição de notícias de impacto – sem ser sensacionalista, coisa que eu detesto no jornalismo – trazendo mais o ouvinte à reflexão com algumas "doses de sarcasmo" dentro da própria narrativa da notícia. É claro que eu ponho também a linguagem do humor, isso para que o noticiário não fique monótono e cansativo. Quem iniciou esse tipo de radiojornalismo foi o saudoso jornalista RICARDO BOECHAT, apresentador matinal dos programas de notícias da BANDNEWS FM. Infelizmente ele nos deixou naquele acidente horrível e confesso abertamente que é nele que eu, na "condição de aprendiz", me espelho e faço dele minha referência. Aqui no Vale do São Francisco também temos alguns bons radialistas, que, certamente fazem uma boa audiência e consequentemente, são bons formadores de opinião.
Existem algumas características desejáveis para o exercício da profissão de radialista. É claro que ter todas essas características de forma equânime, é algo impossível de se encontrar. Mas, de qualquer forma, é necessário que se tenha uma boa dicção, domínio pleno da língua portuguesa falada, empatia, boa expressão, saber trabalhar sob pressão (e isso ocorre quase sempre na prática), rapidez de raciocínio, sensibilidade, boa voz, criatividade, facilidade em lidar com o público, estar diariamente atualizado e conhecer as necessidades e os desejos dos ouvintes. Ufa! É muita coisa né? Mas, hoje é dia de se homenagear esses grandes profissionais que fazem aquela gostosa companhia no seu dia à dia. Parabéns aos meus nobres colegas radialistas!
ERRY JUSTO-Radialista e Jornalista
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