Na sessão ordinária desta terça (29), a pauta foi Saúde na Casa Plínio Amorim. De um lado a Bancada Governista defendeu que a saúde de Petrolina nunca esteve funcionando tão bem, do outro os vereadores da Bancada de Oposição teceram inúmeras críticas, listando os vários episódios, inclusive relatados por munícipes que a saúde está de mal a pior.
Durante os embates entre os vereadores, o líder da Bancada de Oposição, Paulo Valgueiro apresentou dados do relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE PE) que mostram a aprovação das contas do prefeito Miguel Coelho de 2017 com ressalvas por não ter cumprido o percentual de investimento mínimo de 15% na área da saúde. Esse percentual de 15% é o mínimo constitucionalmente exigido para todos os municípios da federação brasileira.
No afã de defender o governo, os vereadores Alvorlande Cruz, Zenildo do Alto do Cocar e Ronaldo Silva pontuaram progresso na saúde da gestão atual, já os colegas de Bancada Governista Gilberto Melo, que é presidente da Comissão de Saúde da Casa e Manoel da Acosap admitiram falhas na execução dos recursos do setor e reconheceram que existem problemas de gestão/administrativa na Secretaria Municipal de Saúde. Gilberto Melo chegou a dizer que “as filas nos postos existem e vão continuar existindo”.
O vereador da Oposição Gabriel Menezes rebateu. “Os vereadores da bancada governista parecem que foram eleitos para defender o prefeito, invés de defenderem o povo de Petrolina”, e disse mais: “o prefeito quando diz que as filas nos postos são fake news, ele tá chamando o povo de mentiroso e não a nós vereadores da oposição”.
Isso porque uma onda de denúncias com fotos e vídeos tomou conta das redes sociais semana passada relatando a situação de descaso no Projeto Maria Tereza, onde os moradores estão madrugando na frente da unidade de saúde para conseguirem uma ficha médica. Mas o prefeito e seus aliados estão espalhando que a imagens são mentirosas.
O líder da Bancada oposicionista, Paulo Valgueiro, usou a tribuna para ratificar as denúncias populares nos últimos dias e relembrar os dados do TCE. “Em suas postagens nas redes sociais, o prefeito Miguel Coelho, esquece de dizer que as contas foram aprovadas com ressalvas exatamente porque Petrolina não gastou sequer o mínimo necessário da receita (15%) com a saúde. O jovem prefeito desobedeceu a lei 149 (a lei complementar) e os artigos 158 e 159 da Constituição Federal que prevê investimentos com o a saúde pública de no mínimo 15% do repasse”, disse Valgueiro.
Ele acrescentou: “Na realidade faltam médicos, faltam dentistas, falta até material básico nos postos de saúde de Petrolina. O prefeito esconde a realidade de que alguns atendimentos nos postos estão sendo interrompidos por falta de material básico como luvas. O prefeito mostra que não tem o menor compromisso com a saúde e haja filas, haja espera por todo o município. E aqui os vereadores do prefeito fecham os olhos para as mazelas do governo, e capricham na bajulação ao prefeito prejudicando Petrolina. Fomos eleitos para defender o povo de nosso município e não para babar o prefeito”, frisou Valgueiro em seu discurso na tribuna livre.
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